segunda-feira, 21 de setembro de 2009

7ª Maratona Teatral


AECA 2009 7ª Maratona Teatral
Dias 26 e 27 de setembro de 2009
Auditório da Prefeitura de Itajaí
Ingressos: Unitário R$10,00 - Meia R$ 5,00
Passaporte para todos os espetáculos: R$ 30,00 - Meia R$ 15,00
Release
O teatro, em sua totalidade, exige estudo, pesquisa, aprofundamento de técnicas e, acima de tudo, exige que o mergulho seja de cabeça nesse universo infinito de possibilidades. Mas imagine ter que montar um espetáculo, com todas as suas peculiaridades e necessidades básicas, em menos de dois meses! Esse é o principal foco da Maratona Teatral, onde o grupo Alunos do Exercício Cênico Anchieta (AECA) é encarregado de executar.
Nessa sétima edição da Maratona são mais de trinta atores divididos em quatro grupos que através da orientação e supervisão do ator e diretor Valentim Schmoeler, apresentam o resultado de tamanha corrida contra o tempo. Com esse objetivo, o de pesquisa e estudo, muitos autores já foram trabalhados, como: Martins Pena, Nelson Rodrigues, Bertold Brecht, William Shakespeare, entre outros.
Em 2009, outros quatro trabalhos integrarão a lista de estudos. Na mostra nacional serão apresentadas peças de dois autores contemporâneos consagrados da dramaturgia brasileira: Ariano Suassuna (1927 - Paraiba) e Plínio Marcos (1935 – 1999 – São Paulo). Já para a mostra internacional, nomes importantes que viveram em tempos e lugares diferentes e acabaram se tornando ícones na dramaturgia mundial, estarão ilustrando nossa mostra. Aristófanes (445 A.C. - Grécia) e Henrik Ibsen (1828 – 1906 – Noruega). Suas obras não se perderam ao longo da história e nos fazem refletir pela contemporaneidade de seus textos, por mais que suas obras tenham sido escritas em épocas tão distintas e longe da nossa realidade.
Após as apresentações o público é convidado a participar de um rápido bate-papo sobre o processo de produção de cada espetáculo.
Seja bem vindo a 7ª Maratona Teatral! Aproveite essa oportunidade de conhecer esses autores e o grupo! Tenham todos um ótimo espetáculo!





Release dos Espetáculos
A Pena e a Lei – Ariano Suassuna
Direção: Daiana Wagner
26 (Sábado) 19h. – Auditório da Prefeitura de Itajaí
Texto:
Sejam bem-vindos à Trupe do Cheiroso! Sentem-se, porque o maior espetáculo vai começar! É a grande tragicomédia lírica pastoril! O incomparável drama... Epa... Calma... Mas, nem sabemos como vai ser a peça ainda. Ô diacho! Então vamos juntar alguns textos que escrevi e nunca pude usar.
Portanto, a confusão vai começar: Numa cidadezinha no interior da Paraíba, chega uma moça trazendo consigo uma prima que também fugia das penúrias da serra e deixando todos os homens loucos de paixão. Porém, apenas três deles disputam o coração dessa dama: O delegado Rangel, o coronel Vicentão e um sujeitinho metido a valente chamado Benedito. Mal sabem eles que o amor já tomou o coração da moça. Assim, eles vão levar essa briga até o céu, onde encontrarão aquele que pode dar rumo às suas almas.
“A Pena e a Lei” é um texto adaptado da obra homônima de Ariano Suassuna, o qual retrata as condições da moral humana perante as leis divinas.
Ariano Suassuna:
“A Pena e a Lei” foi escrito em 1959 por Ariano Suassuana. Paraibano nascido na cidade de João Pessoa em 1927. Grande dramaturgo brasileiro, suas célebres obras são: “Auto da Compadecida”, “O Santo e a Porca” e “A Pedra do Reino”. Formado em direito dedicou-se tanto à profissão de formação como a de dramaturgo. Foi o idealizador do Movimento Armorial que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir da cultura popular do nordeste brasileiro. Hoje, aposentado, dedica-se a dar aulas e ao seu novo romance.




Plínio Marcos
Pornografando e Subvertendo
Baseado na vida e na obra de Plínio Marcos
Direção: Emerson Espíndola
Dia 26 (sábado) 21h. - Auditório da Prefeitura de Itajaí

“...E eu como repórter de um mal tempo, fiz a terra tremer varias vezes”
Plínio Marcos

Texto:
Uma peça em forma de reportagem, uma reportagem de um mal tempo, experiências vividas sem ficção, por um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, passando de cabeça erguida por ditaduras e ditadores durante toda sua vida, de um modo divertido o espetáculo chama a platéia a pensar e refletir sobre a sociedade, a política e até sobre ela mesma, sem compromisso de lugar ou de época específica, pois como dizia Plínio Marcos “O país não evolui...”

Plínio Marcos:
Santista, um dos dramaturgos mais premiados e proibidos do Brasil, abalou as estruturas do teatro e da política brasileira. Vindo de uma modesta família de Santos onde nasceu em 29 de setembro de 1935, não gostava de estudar, sendo assim só completou o ensino primário.
Foi funileiro, quis ser jogador de futebol, serviu na Aeronáutica e chegou a jogar na Portuguesa Santista, mas foram as incursões ao mundo do circo, desde os 16 anos, que definiram seus caminhos. Atuou em rádio e também na televisão, em Santos e até na já extinta TV TUPI. Escreveu diversos romances e peças adultas e infantis, sendo algumas de suas principais obras: Barrela, Navalha na Carne, Dois Perdidos Numa Noite Suja, entre outros. Faleceu com 64 anos em decorrência de um derrame.





Lisístrata
A Greve de Sexo
Comédia de Aristófanes (445 A/C)
Direção: Bruna Machado

Dia: 27(Domingo) 19h - Auditório da Prefeitura de Itajaí
Atenção todas as mulheres da Grécia! Venho encarecidamente, pedir que todas compareçam à reunião extraordinária que estou convocando. O assunto desta reunião é de extrema delicadeza e exige total compenetração de todas! Estou falando da salvação da Grécia! Por isso, deixem todos os seus afazeres domésticos e venham. Vamos nos unir para acabar com esta guerra infame que rouba nossos maridos do convívio familiar! Sim, pois todas nós estamos temporariamente viúvas! Nossos maridos, quando aparecem em casa, é só o tempo de pegarem um escudo e partirem de novo. E nós? Ficamos sem a paga natural do casamento! Mas eu pensei numa maneira perfeita de pôr fim à guerra: nós faremos Greve de Sexo! Topam?
Desde já, antecipo-me agradecendo a presença de todas na reunião. Por favor, venham e escutem o meu plano com detalhes!
Atenciosamente
Lisístrata
Aristófanes:
Nasceu em Atenas em 445 a.C. Ele viveu a época de maior grandeza da cultura ateniense e também viu o início da guerra do Peloponeso, que terminou em 404 com a sujeição de Atenas a Esparta. Aristófanes era considerado por seus contemporâneos como o principal autor de comédias de sua época. De sua obra resistiram ao poder do tempo 11 peças, a maioria delas obteve grande sucesso, são elas: Os acarnianos(425), Os cavaleiros(424), As nuvens(423), As vespas(422), A paz(421), As aves(414), Lisístrata(411), Tesmofórias(411), As rãs(405), A assembléia de mulheres(392) e Pluto(388).

Casa De Bonecas
Adaptação da obra de Henrik Ibsen.
Direção: Fabrício de Carvalho
Dia: 27(Domingo) 21h - Auditório da Prefeitura de Itajaí



Texto::
Como qualquer outra mulher européia do fim do século XIX, o sonho de Nora Helmer era casar-se com um marido em ascensão econômica e social, ter filhos saudáveis e viver na capital. E isso tudo ela conseguiu com Torvald Helmer.
Mas por trás da atitude juvenil e irreverente, Nora guarda de seu marido um segredo. Um duplo segredo, que ela se esforça todos os dias, enquanto cumpre suas obrigações de mãe e esposa, para que não seja descoberto. Ao enfrentar praticamente sozinha esse problema, ela encontra-se nas mãos de um chantagista sem escrúpulos que diz não hesitar em expor seu segredo, caso não consiga o que almeja.

Henrik Ibsen:
A Casa de Bonecas, escrita em 1879 por Henrik Ibsen, fala do papel da mulher do século XIX, colocando esta em situações nada convencionais para sua época, lidando com preconceitos e moral, em um tempo onde esses assuntos eram considerados tabus.
Algumas obras:Túmulo de Gigantes, Norma, Noite de São João, O Tetraz de Justedalen, A Festa em Solhaug, Os Pretendentes à Coroa, Brand, A União dos Jovens, Quando Despertarmos de entre os Mortos.

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