sábado, 31 de outubro de 2009

FESTIVAL DE MUSICA DE ITAJAI

12° Festival de Música de Itajaí abre com Show de Badi Assad

Com o slogan “A Vila de Todas as Músicas”, o 12º Festival de Música de Itajaí teve sua abertura no domingo (01), às 21h, com apresença encantadora da cantora Badi Assad. O primeiro show dos seis programados para o Teatro Municipal de Itajaí, entre os dias 01 e 08 de novembro. Os ingressos estão a venda na bilheteria do Teatro, no Conservatório de Música e na Casa da Cultura, ao preço de R$30,00 (inteira) R$15,00 (meia entrada), sendo para estudantes e terceira idade.

O Festival de Música de Itajaí é considerado o maior festival de música do estado e um dos maiores do país. Em suas doze edições, o Festival tornou a cidade de Itajaí um dos mais importantes pólos de discussão e produção musical do sul do Brasil sendo reconhecida como o Porto da Música.

MOSTRA DE CINEMA



Período: 03 – 10/11/2009

Local: NEFA – Núcleo Experimental de Formas Animadas

Horário: 20h

Sinopse:

O cinema francês percorre o Brasil

Como parte das comemorações do Ano da França no Brasil, o SESC e a Embaixada francesa realizam, em parceria, a Mostra do Cinema Francês Contemporâneo. Oito filmes franceses, produzidos entre 2000 e 2007. O objetivo da mostra é proporcionar o acesso a essas obras e o diálogo entre artistas, intelectuais e o público em geral.

PROGRAMAÇÃO:

3 de novembro (terça-feira):
20h – Povoado number one (Bled Number One, 2006), de Rabah Ameur Zaïmeche, drama, duração 100’.

4 de novembro (quarta-feira):
20h – O Último dos Loucos (Le dernier des fous, 2006), de Laurent Achard, drama, duração 96’.

5 de novembro (quinta-feira):
20h – A Esquiva (L'esquive, 2003), de Abdellatif Kechiche, comédia dramática, 117’.

6 de novembro (sexta-feira):
20h – Assassinas (Meurtrières, 2005), de Patrice Grandperret, drama, 97’.

7 de novembro (sábado):
20h – A França (La France, 2007), de Serze Bozon, drama, duração 102’.

8 de novembro (domingo):
20h – Até já (A tout de suíte, 2004), de Benoit Jacquot, drama, duração 95’.

9 de novembro (segunda-feira):
20h – Tudo Perdoado (Tout est pardonné, 2007), de Mia Hansen-Løve, drama, duração 95’.

10 de novembro (terça-feira):
20h – De volta à Normandia (Retour en Normandie, 2006), de Nicolas Philibert, documentário, duração 113’.

Setor de Cultura e Turismo Social
SESC-Itajaí-SC
Fone: (47)3349-4096 / 9946-3388

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

ONDE O DIABO PERDEU AS BOTAS de Helio Codeiro

Lançamento do livro: Onde o diabo perdeu as botas

dia 30 de setembro (sexta-feira)
a Casa Aberta Livraria e Editora lança o livro:
“Onde o Diabo perdeu as botas”, do autor Helio Cordeiro,
a partir das 20 horas.



Abaixo sinopse do livro:

ONDE O DIABO PERDEU AS BOTAS - O publicitário Laurindo Marimba resolve tirar férias depois de um longo tempo. Ao assistir o jornal, na TV, algo chama sua atenção: uma notícia sobre Cruzeiro da Bahia, uma cidadezinha na divisa de Minas Gerais e Bahia, onde ele nasceu. A chegar em Cruzeiro da Bahia, recordações de quando era menino tomam-no por completo, transportando-o ao evento que marcaria a cidade e seus habitantes para sempre. O próprio Laurindo Marimba fora um dos protagonistas dessa insólita história do bem contra o mal.

Oportuniade de vivenciar uma noite agradável, com música, bate-papo

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dia Nacional do Livro: 29 de outubro



Você sabe por que comemoramos o dia Nacional do Livro no dia 29 de outubro?

Nesse mesmo dia em 1810, a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil.
E quando então foi fundada a Biblioteca Nacional e esta data escolhida para o DIA NACIONAL DO LIVRO.

Real Gabinete Português de Leitura
Pelo seu prestígio nos meios intelectuais, pela beleza arquitetônica do edifício da sua sede, pela importância do acervo bibliográfico.



Os “gabinetes de leitura” criados no Brasil pelos portugueses - o do Rio de Janeiro foi o primeiro, mas mais tarde virão os do Recife (em 1850) e o de Salvador (em 1863) - diferenciam-se, entretanto, daqueles estabelecimentos franceses por uma característica: é que neles não se fazia qualquer pagamento pelo empréstimo do livro. Seguindo o exemplo dos “gabinetes de leitura” de raiz portuguesa e ainda na segunda metade do século XIX, instituições semelhantes que também eram denominadas “gabinetes de leitura” e que foram transformadas depois em bibliotecas municipais.
http://www.realgabinete.com.br/
Rua Luís de Camões, 30 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20051-020



Biblioteca Nacional



Fundação Biblioteca Nacional

A Biblioteca Nacional do Brasil, considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina.
O núcleo original de seu poderoso acervo calculado hoje em cerca de nove milhões de itens é a antiga livraria de D. José organizada sob a inspiração de Diogo Barbosa Machado, Abade de Santo Adrião de Sever, para substituir a Livraria Real, cuja origem remontava às coleções de livros de D. João I e de seu filho D. Duarte, e que foi consumida pelo incêndio que se seguiu ao terremoto de Lisboa de 1º de novembro de 1755.

O início do itinerário da Real Biblioteca no Brasil está ligado a um dos mais decisivos momentos da história do país: a transferência da rainha D. Maria I, de D. João, Príncipe Regente, de toda a família real e da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, quando da invasão de Portugal pelas forças de Napoleão Bonaparte, em 1808.

O acervo trazido para o Brasil, de sessenta mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas, foi inicialmente acomodado numa das salas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, na Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março. A 29 de outubro de 1810, decreto do Príncipe Regente determina que no lugar que serviu de catacumba aos religiosos do Carmo se erija e acomode a Real Biblioteca e instrumentos de física e matemática, fazendo-se à custa da Fazenda Real toda a despesa conducente ao arranjo e manutenção do referido estabelecimento. A data de 29 de outubro de 1810 é considerada oficialmente como a da fundação da Real Biblioteca que, no entanto, só foi franqueada ao público em 1814.



Quando, em 1821, a Família Real regressou a Portugal, D. João VI levou de volta grande parte dos manuscritos do acervo. Depois da proclamação da independência, a aquisição da Biblioteca Real pelo Brasil foi regulada mediante a Convenção Adicional ao Tratado de Paz e Amizade celebrado entre o Brasil e Portugal, em 29 de agosto de 1825.

A FBN possui ainda um Escritório de Direitos Autorais para registro e averbação de direitos de autor e também é a Agência Nacional do ISBN (International Standard Book Number). Como tal, ela coordena e incentiva o uso do sistema internacional de numeração de livros e atribui códigos às editoras e às publicações nacionais para efeito de divulgação e comercialização.
Sob o novo estatuto de Fundação, a Biblioteca Nacional ampliou seu campo de atuação, passando a coordenar as estratégias fundamentais para o entrelaçamento de três dos mais importantes alicerces da cultura brasileira: biblioteca, livro e leitura. Assim a instituição coordena o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas e a política de incentivo à leitura através do Proler.
Para garantir a manutenção de seu acervo, a FBN possui laboratórios de restauração e conservação de papel, estando apta a restaurar, dentro das mais modernas técnicas, qualquer peça do acervo que precisar desse serviço. Possui também oficina de encadernação e centro de microfilmagem, fotografia e digitalização. Nessa área de conservação de acervo, a Biblioteca Nacional desenvolve dois planos: O Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros, com uma rede de núcleos estaduais de microfilmagem com vistas à preservação de toda produção jornalística do país e o Plano Nacional de Restauração de Obras Raras, cujo objetivo é identificar e recuperar obras raras existentes, não só na Biblioteca Nacional, como em outras bibliotecas e acervos bibliográficos do país.

Com vistas a consolidar a inserção da Fundação Biblioteca Nacional na sociedade da informação, foi lançado o Portal Institucional (www.bn.br), permitindo o acesso aos Catálogos em linha. Em 2006 foi criada a Biblioteca Nacional Digital concebida de forma ampla como um ambiente onde estão integradas todas as coleções digitalizadas colocando a Fundação Biblioteca Nacional na vanguarda das bibliotecas da América Latina e igualando-a às maiores bibliotecas do mundo no processo de digitalização de acervos e acesso às obras e aos serviços, via Internet.

Fundação Biblioteca Nacional/FBN

COORDENADORIA DE SERVIÇOS BIBLIOGRÁFICOS - csb@bn.br

Biblioteca Nacional (RJ) http://www.bn.br

Biblioteca Pública Municipal e Escolar
"Norberto Cândido Silveira Júnior"



Situado na Praça da Bíblia, esquina da rua Heitor Liberato com a rua José Eugênio Müller, e construído em estilo germânico, na década de 20, o prédio foi comprado pela família Renaux, de Brusque, recebendo o nome com que ficou conhecido até hoje: "Fábrica de Tecidos Renaux". Através do Decreto nº 5.910 de 27 de abril de 1999, o Prefeito Municipal de Itajaí, Sr. Jandir Bellini, homologou o tombamento do imóvel denominado Ex-Fábrica Renaux, inscrito no livro de Tombo Histórico da Fundação Cultural de Itajaí. Definido como prédio ideal para a instalação da Biblioteca Pública de Itajaí, recebeu reforma total, para sediar a Biblioteca Pública Municipal e Escolar "Norberto Cândido Silveira Júnior". Hoje, sendo uma realidade com objetivos definidos, a Biblioteca Pública "Silveira Júnior" forma cidadãos críticos, criativos e participantes, e um importante portal de ingresso à comunidade, que busca a informação, a pesquisa e o lazer.

www.biblioteca.itajai.sc.gov.br/

A História do Livro



A história do livro é uma história de inovações técnicas que permitiram a melhora da conservação dos volumes e do acesso à informação, da facilidade em manuseá-lo e produzi-lo. Esta história é intimamente ligada às contingências políticas e econômicas e à história de idéias e religiões.
Antiguidade
Na Antiguidade surge a escrita, anteriormente ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore.
Os primeiros suportes utilizados para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado. O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo. O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros.
O papiro consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século II a.C..
Aos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códice (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro.
Uma conseqüência fundamental do códice é que ele faz com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro.
A consolidação do códex acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura ocorria tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer (voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes, como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto.
Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações em forma escrita.
Idade Média

Uma página da Bíblia de Gutenberg (Velho testamento).
Na idade Média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado em si como um objeto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento dos monges copistas, homens dedicados em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos mosteiros era conservada a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos.
O livro continua sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco. Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras maiúsculas. Também aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os florilégios (coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos eróticos. Progressivamente aparecem livros em língua vernacular, rompendo com o monopólio do latim na literatura. O papel passa a substituir o pergaminho.
Mas a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no século XIV. Consistia originalmente da gravação em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis, mas a tecnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.
A Epopéia de Gilgamesh é o livro mais antigo conhecido.
Idade Moderna
No Ocidente, em 1455, Johannes Gutenberg inventa a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim. Houve certa resistência por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da produção em série.
Com o surgimento da imprensa desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual dependia a confiabilidade do texto e a capacidade do mesmo para atingir um grande público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras; caligrafias antigas, como a Carolíngea, estavam destinadas ao ostracismo, pois seu excesso de detalhes e fios delgados era impraticável, tecnicamente.
Uma das figuras mais importantes do início da tipografia é o italiano Aldus Manutius. Ele foi importante no processo de maturidade do projeto tipográfico, o que hoje chamaríamos de design gráfico ou editorial. A maturidade desta nova técnica levou, entretanto, cerca de um século.
Portugal

Fotografia de um livro publicado em 1866.
Em Portugal, a imprensa foi introduzida no tempo do rei D. João II. O primeiro livro impresso em território nacional foi o Pentateuco, impresso em Faro em caracteres hebraicos no ano de 1487. Em 1488 foi impresso em Chaves o Sacramental de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, o Tratado de Confissom. A impressão entrava em Portugal pelo nordeste transmontano. Só na década de noventa do século XV é que seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.
Na idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros de bolso. Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.
Idade Contemporânea
Cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema.
O acabamento dos livros sofre grandes avanços, surgindo aquilo que conhecemos como edições de luxo. Atualmente, a Bíblia é o livro mais vendido do mundo.
A produção do livro
A criação do conteúdo de um livro pode ser realizada tanto por um autor sozinho quanto por uma equipe de colaboradores, pesquisadores, co-autores e ilustradores. Tendo o manuscrito terminado, inicia a busca de uma editora que se interesse pela publicação da obra (caso não tenha sido encomendada). O autor oferece ao editor os direitos de reprodução industrial do manuscrito, cabendo a ele a publicação do manuscrito em livro. As suas funções do editor são intelectuais e econômicas: deve selecionar um conteúdo de valor e que seja vendável em quantidade passível de gerar lucros ou mais-valias para a empresa. Modernamente o desinteresse de editores comerciais por obras de valor mas sem garantias de lucros tem sido compensado pela atuação de editoras universitárias (pelo menos no que tange a trabalhos científicos e artísticos).
Cabe ao editor sugerir alterações ao autor, com vista a ajustar o livro ao mercado. Essas alterações podem passar pela editoriação do texto, ou pelo acréscimo de elementos que possam beneficiar a utilização/comercialização do mesmo pelo leitor. Uma editora é composta pelo Departamento editorial, de produção, comercial, de Marketing, assim como vários outros serviços necessários ao funcionamento de uma empresa, podendo variar consoante as funções e serviços exercidos pela empresa. Na mesma trabalham os editores, revisores, gráficos e designers, capistas, etc. Uma editora não é necessariamente o produtor do livro, sendo que quase sempre essa função de reprodução mecânica de um original editado é feita por oficinas gráficas em regime de prestação de serviço. Dessa forma, o trabalho industrial principal de uma editora é confeccionar o modelo de livro-objeto, trabalho que se dá através dos processos de edição e composição gráfica/digital.

Livros
A fase de produção do livro é composta pela impressão (posterior à imposição e montagem em caderno - hoje em dia digital), o alceamento e o encapamento. Podendo ainda existir várias outras funções adicionais de acréscimo de valor ao produto, nomeadamente à capa, com a plastificação, relevos, pigmentação, e outros acabamentos.
Terminada a edição do livro, ele é embalado e distribuído, sendo encaminhado para os diferentes canais de venda, como os livreiros, para daí chegar ao público final.
Pelo exposto acima, talvez devêssemos considerar que a categoria livro seja a concepção de uma coleção de registros em algum suporte capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos. No início de 2007, foi noticiada a invenção e fabricação, na Alemanha, de um papel eletrônico, no qual são escritos livros.

Bibliografia
FEBVRE, Lucien. O aparecimento do livro. São Paulo: Unesp, 1992.
KATZENSTEIN, Ursula. A origem do livro. São Paulo: Hucitec, 1986.
SCORTECCI, João. Guia do Profissional do Livro. São Paulo: Scortecci, 20

Comemore também!

Comemore a tardição do livro...
Lendo...
presenteando com livro...


A Câmara Setorial de Literatura de Itajaí tem o prazer de convidá-lo à participar da
“1ª Coletiva de Autógrafos de Escritores”,
que acontecerá no Espaço Cultural do Angeloni, no dia 7 de novembro de 2009, às 19:30 horas.
O evento será durante a abertura da Exposição “Cor e Forma”, do artista Walmir Binhotti.Durante o evento haverá show musical e coquetel, a partir das 19h00.

Inscrição gratuita

Podem participar escritores e poetas residentes em Itajaí e região...

Interessado em participar?

Você pode se inscrever através do camarasetorialliteraturaitajai@gmail.com - informações – 9159-4220

1ª Coletiva de Autógrafos de Escritores
Espaço Cultural do Angeloni, junto com a abertura da Exposição Cor e Forma, do artista Walmir Binhotti
Dia 07 de novembro - haverá música e coquetel - Horário: 19h30

Ajude a divulgar repasse aos colegas escritores...

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Representação da Literatura no Conselho Municipal de Cultura de Itajaí

Cláudia Regina Telles

camarasetorialliteraturaitajai@gmail.com/comuc.itajai@gmail.com

“Ondas, Ciclos em Círculos” apresenta o escultor paulista Arthur Guerizoli a Itajai

abertura da exposição “Ondas, Ciclos em Círculos”, do escultor paulista Arthur Guerizoli. A abertura acontecerá no dia 29 de outubro, às 18 horas, no Átrio do Paço Municipal de Itajaí e terá a apresentação de Ju Vargas e Flávio Ribeiro. A mostra permanecerá aberta à visitação até o dia 19 de novembro.



4º Salão dos Novos Cidade de Itajaí
o qual poderá encontrar informações e ficha de inscrição
acessando o blog http://www.casadacultura.wordpress.com

postado por
Cláudia Regina Telles
Secretária do COMUC ago. a dez 2009(voluntária)
comuc.itajai@gmail.com

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Itajaí recebe o Dia Internacional da Animação


Itajaí recebe o Dia Internacional da Animação

Dia 28 de outubro é o Dia Internacional da Animação.
Mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais.

Em 28 de outubro de 1892 Émile Reynaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi à primeira exibição pública de imagens animadas (desenhos animados) do mundo. Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou o Dia Internacional da Animação, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados. Em Itajaí, o DIA acontecerá na Biblioteca Central Comunitária da Univali, às 19h30. A Mostra Infantil acontecerá no mesmo local às 16 horas. O evento tem o apoio da Universidade do Vale do Itajaí através da Biblioteca Central Comunitária e da Visual Company. A entrada é gratuita.
A edição brasileira do Dia Internacional da Animação é realizada pela Associação Brasileira do Cinema de Animação - ABCA (www.abca.org.br). A ABCA acredita no desenvolvimento de uma nova economia forte e estável com a atividade da animação brasileira em escala industrial a exemplo do que ocorre no mercado internacional, que movimenta milhares de empregos diretos e indiretos. Todo tipo de ação institucional que valorize esta mobilização é fundamental para a adequação do cenário brasileiro para esta concretização. Cinco focos básicos regem a instituição - pesquisa, fomento, formação profissional, difusão e distribuição. Hoje a ABCA conta com aproximadamente 290 associados em todas as regiões do país, está em sua quarta gestão e se mobiliza em todo Brasil para realização deste evento que conta com a participação de associados, animadores e interessados na área.
O evento que tem entrada franca e é sem fins lucrativos, vai para a sua sexta edição, conquistando, a cada ano, maior visibilidade e parceiros em diversos municípios brasileiros. A mostra oficial de curtas-metragens de animação é realizada no dia 28 de outubro às 19h30 simultaneamente em todas as cidades participantes. Na primeira edição em 2004 o evento foi realizado em São Paulo, já no segundo ano do evento em cinco capitais brasileiras, em 2006 em 19 cidades, em 2007 em 50 cidades, já em 2008 o evento alcançou 150 cidades contando com a participação de todos os 26 estados brasileiros e distrito federal sendo o maior evento simultâneo do gênero a ser realizado no Brasil: veja fotos e a programação de todos os anos no site www.diadanimacao.com.br. A mostra oficial de curtas-metragens brasileiros também é enviada para os 51 países da ASIFA fazendo parte da programação do evento no mundo. Em 2009 o evento acontecerá em mais de 300 cidades brasileiras.
A organização do evento contará novamente com o apoio na divulgação da Globo Filmes, TV Rá-Tim-Bum, TV Brasil, TV Cultura, Canal Futura, Espaço Z, Rain, Movie Mobz, Sesc TV, MTV, HSBC Belas Artes, Cinemateca Brasileira, Cine Brasil TV, o apoio do CTAV – Centro Técnico do Audiovisual do Conselho Nacional de Cineclubes, Fórum dos Festivais. Patrocínio do Fundo Nacional de Cultura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e da Petrobrás através do Programa Petrobrás Cultural com incentivo da Lei Rouanet, no Estado de São Paulo o DIA tem o patrocínio do ProAC 08 – Concurso de Apoio a Projetos de Festivais de Arte do Estado de São Paulo, e com a parceria da ASIFA para que a mostra brasileira também esteja presente na comemoração de diversos países no mundo.

Para mais fotos em alta resolução dos filmes acesse o link abaixo:
http://www.abca.org.br/dia/index.php?option=com_content&view=article&id=791&Itemid=376


CONTATOS:


Paulo Henrique de Moura
Coordenador do Dia Internacional da Animação em Itajaí
Jornalista - DRT SC 03432 JP
Telefone: (47) 9605 1426
Email: paulohmoura@gmail.com
msn: msndopaulohenrique@hotmail.com
skype: paulohdemoura


Luciana Druzina
Diretora de Eventos ABCA - Associação Brasileira de Cinema de Animação
Coordenadora Nacional do D.I.A. - Dia Internacional da Animação
55 51 84119771 / 21 81856951 / 11 84005177
55 51 92924002
super8prod@yahoo.com.br
www.abca.org.br
www.diadanimacao.com.br

Trailer do curta-metragem “semivida.” está no ar



O primeiro trailer do curta-metragem “semivida.”, do diretor Diego Lara, já está disponível na internet pelo endereço: http://www.youtube.com/watch?v=963ymS1Ydr0

O filme é o primeiro trabalho da Tac Produções, de Itajaí, na área de ficção. O projeto é apoiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura, com patrocínio do Porto de Itajaí. O lançamento do curta-metragem, de cerca de 15 minutos de duração, será realizado em novembro. As gravações ocorreram no mês de agosto, em locações em Itajaí e Navegantes.

De acordo com o diretor, “semivida.” mostra o fim de uma relação sob uma ótica fantástica. Passeando em uma rua deserta, o casal Sandro e Mara caminha para o fim – de suas vidas e do relacionamento. Os personagens principais são interpretados pelos atores Daniel Costa de Souza e Bruna Machado.

Sandro é um roteirista de documentários. Mara é escritora de pequenos romances e contos. Eles dividem uma vida, sonhos, anseios e planejam um futuro brilhante. Tudo parece normal, até que um deles confessa que o outro não passa de um mero personagem em um roteiro esquecido.

Perdido entre a realidade e a ficção, “semivida.” passeia entre o amor e a perda de forma suave, brilhante e simples. Com um roteiro contundente de Diego Lara, utilizando os antigos modelos de amor e paixão, estes personagens são o reflexo de uma sociedade onde cada vez mais o isolamento e a solidão moldam as pessoas.

Mais informações:(47) 3249 0931 - (47) 9958 2048

postagem Secretaria COMUC

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

2ª Conferencia Municipal de Cultura
“Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento"




A 2ª Conferencia Municipal de Cultura,recebeu os participantes com brasileiríssimos chorinhos do grupo Choroes do Porto, do Conservatorio MPB de Itajaí...



A senhora Anita Pires Superintendente da Fundação Catarinense de Cultura,apresentou um panorama das politicas públicas para arte e cultura e sobre as Conferencias Municipais que vem acontecendo no estado... e sobre a Conferencia estadual de 25 de novembro.



Os Eixos temáticos foram apresentados para esclarecer e nortear os trabalhos em grupo.E aproveito para informar que solicitei o material das apresentações aos palestrantes do Eixos Temáticos e à Fundação Cultural de Itajaí, e o balanço da 2ª Conferencia Municipal de Cultura, que serão enviados assim que recebidos.
Para quem não recebeu o texto Base e regimento da Conferencia Nacional de Cultura, há aqui no blog...




Creio que a 2ª CMC, foi um momento importante de encontros e trocas, de ampliação do conhecimento sobre políticas públicas, mas acima de tudo, de diálogo entre fazedores e pensadores da arte e cultura do município.



A Conferência Municipal de Cultura, elegeu três delegados, para representar Itajaí na Conferência Estadual da Cultura (25 de novembro em Florianópolis)Representando a Comunidade CiviL, Marcelo de Lima Morais e Cláudia Regina Telles, e como representante do poder público,Ane Fernandes, Diretora de Artes e da Casa da Cultura.



“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

parágrafo único do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil (CF/88)

Cláudia Regina Telles
Representação de Literatura no Conselho Municipal de Cultura de Itajaí
Secretária do COMUC (voluntária)

comuc.itajai@gmail.com
comucconselhomunicipalculturaitajai.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Inscrições para Conferência Municipal de Cultura podem ser feitas no dia do evento



As inscrições para Conferência Municipal de Cultura - 2009, promovida pela Prefeitura de Itajaí, através da Fundação Cultural, podem ser feitas no dia do evento, que acontece na próxima sexta-feira (23), das 8h30min às 12h e 14h às 18h. E para quem desejar se inscrever com antecedência o Formulário de Inscrição está disponível no endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Itajaí (www.itajai.sc.gov.br), assim como o link da Conferência com todas as informações. A Conferência será nas instalações do Auditório da Prefeitura Municipal de Itajaí,

A Conferência Municipal – 2009 constituirá o tema geral: “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, sem prejuízo das questões municipais e estaduais”, sendo realizada por todas as cidades, como Etapa Integrante da II Conferência Nacional de Cultura. É através da Conferência Municipal que se decide a participação de delegados na Conferência Estadual.

Poderão participar da Conferência Municipal de Cultura - 2009 os representantes dos poderes públicos e da sociedade civil que residam ou atuem no município. Representantes do Poder Público e da Sociedade Civil devidamente inscritos terão direito à voz, a priorizar propostas e a votar em delegados a serem eleitos. Já convidados terão direito à voz e não a voto. Ao público em geral será permitido o acesso à solenidade de abertura, às palestras, aos painéis, bem como os grupos de discussão.


Renata Furlanetto
Jornalista DRT SC 02836-JP
FCI - Fundação Cultural de Itajaí

(47) 3349-1516
(47) 9911-7765
www.fundacaoculturaldeitajai.com.br

postagem Secretaria COMUC
Cláudia Regina Telles

Exposição “Cor e Forma” do artista Walmir Binhotti.

Exposição “Cor e Forma”, do artista Walmir Binhotti.
Durante o evento haverá show musical e coquetel, a partir das 19h00.



Walmir Binhotti nasceu em Florianópolis, aos 06 anos mudou-se com a Família para Itajaí onde reside desde 1976. aos 13 anos começou a enteresar- se pela pintura, desde ai então nunca mais parou.

Hoje Podemos encontrar suas obras em algumas Igrejas de Santa Catarina e no Paraná.

Obras em:
Paredes
Telas
Azulejos.


Pintura sacra na parede do altar da igreja Sagrado Coração de Jesus em Itapema SC – 1998;

• Pintura artística na OktoberFest para o empresario Nerino Furlan em Blumenau SC – 2000;

• Pinturas de cenários para Beto Carrero – São Paulo – 2001;

• Pintura ‘‘Via Sacra’’ no teto da igreja Sagrado Coração de Jesus em Itapema SC – 2003;

• Pintura do altar da igreja matriz de São Pedro em Pinheiro Preto SC – 2004;

• Pintura de painéis em azulejos para igreja matriz São Jorge em São Jorge D’oeste PR – 2004/2005;

• Pintura na parede do altar do Santuário de Nossa Sra. Aparecida em Campos Novos SC - 2005;

• Exposição individual no espaço cultural do Itajaí Shopping em Itajaí SC – 2005;

• Pintura da Via Sacra no Santuário Nossa Sra. Aparecida em Campos Novos SC – 2006;

• Exposição individual na Galeria de Artes de Itajaí SC – 2006;

• Exposição individual no CIC – Florianópolis SC – 2007;

• Exposição individual no MASAC – Museu de Arte Sacra – em Curitiba PR – 2007;

• Exposição individual na Galeria de Artes de Campos Novos SC, em 2007;

• Pintura do Altar da igreja matriz de Sto. Antônio em Itapema SC – 2007;

• Pintura (interior – paredes e teto) da igreja matriz de São João Batista em Campos Novos SC – 2007/2008;

• Pintura de painel em azulejo para o altar da capela Santo Isidoro em Pinheiro Preto SC – 2008;

• Exposição individual no espaço cultural Angeloni em Itajaí SC – 2008;

• Exposição individual no espaço Empório Pezzini em Itajaí SC - 2009;



Walmir Binhotti
contato pelo email wbinhotti@gmail.com
ou pelo telefone: (47) 3346-9319 / 9607-7437 / 3248-0815
binhotti.com

FESTIVAL DE MUSICA DE ITAJAI

12º Festival de Música de Itajaí já tem programação definidA


Conforme foi anunciado há alguns meses, o 12º Festival de Música de Itajaí será de 01 a 08 de novembro, e tem como slogan deste ano “A Vila de Todas as Músicas”. A programação já foi definida, incluindo seis shows no Teatro Municipal de Itajaí, sendo um deles gratuito, 21 oficinas e ainda eventos paralelos, como o Jam Session, Roda de Choro e Samba e Hora da Sineta.


Os ingressos dos shows serão vendidos antecipadamente na bilheteria do Teatro Municipal de Itajaí, no Conservatório de Música Popular Cidade de Itajaí e na Casa da Cultura Dide Brandão. As oficinas acontecem de 03 a 08 de novembro, e o valor da inscrição por curso é de R$ 30,00, podendo ser efetuada via depósito bancário ou diretamente na sede do Conservatório.



Os dados para depósito e ficha de inscrição podem ser obtidos no link 12º Festival de Música, no site da Prefeitura de Itajaí (www.itajai.sc.gov.br), assim como todas as informações e programação completa referentes ao 12º Festival de Música de Itajaí



SHOWS - 01 a 07 de novembro



Dia 01 DOM | 21h – Badi Assad

Local: Teatro Municipal de Itajaí

Ingressos: R$ 30 / meia: R$ 15



Dia 03 TER | 21h - Trio 202

Local: Teatro Municipal de Itajaí

Ingressos: R$ 30 / meia: R$ 15



Dia 04 QUA | 21h - Duo Buxixo

Local: Teatro Municipal de Itajaí

Evento gratuito



Dia 05 QUI | 21h - Mawaca

Local: Teatro Municipal de Itajaí

Ingressos: R$ 30 / meia: R$ 15



Dia 06 SEX | 21h – Monica Salmaso

Local: Teatro Municipal de Itajaí

Ingressos: R$ 30 / meia: R$ 15



Dia 07 SÁB | 21h - Toquinho

Local: Teatro Municipal de Itajaí

Ingressos: R$ 50 / meia: R$ 25







PS: Anexo Programação completa.



Renata Furlanetto
Jornalista DRT SC 02836-JP
FCI - Fundação Cultural de Itajaí

(47) 3349-1516
(47) 9911-7765
www.fundacaoculturaldeitajai.com.br

Lançamento e Sessão de Autógrafos do Livro Invasão será dia 24 de outubro



No próximo sábado (24 de OUTUBRO de 2009), junto às instalações da Livraria e Editora Casa Aberta, na rua Lauro Müller, ao lado da Caixa Econômica Federal, à partir das 10:00 horas da manhã, ocorrerá o lançamento do livro: Invasão (Giz Editorial), bem como, sessão de autógrafos.

Obra importantíssima para literatura nacional — primeira no gênero em solo pátrio — foi organizada por Ademir Pascale após longa seletiva, reunindo os melhores autores de sci-fi da atualidade.

Neste dia, estarão presentes os escritores Rômulo Mafra e o conceituadíssimo Edmar Souza Júnior.

Rômulo Mafra —, autor do livro Ciclotimia (poemas), atualmente publica a novela Doze Anos no Caderno de Literatura Clap, além de manter o interessantíssimo blog: www.omeninoquenaomachuca.wordpress.com — contribuiu com o conto: Colonização. Inovador. Utilizou para compor o mesmo a chamada técnica diário (apresentada aqui em formato de relatório). Destaque para a sentença: “centenas de anos atrás, um outro pisou pela primeira vez na Lua”, e seu final mais que surpreendente (página 98).

Edmar Souza Júnior é um caso aparte. Garoto prodígio das letras — reinventando-se a cada novo texto — conquistou adulação simultânea de crítica e público através da sua página no site Recanto das Letras (xxx), onde desenvolve textos com dupla interpretação. Se por um lado, seus contos tratam de ficção científica — óvnis, lutas intergalácticas, etc —, por outro, são alertas para mudanças quanto às políticas governamentais, preservação do meio-ambiente, igualdade social. Criativo, desenvolveu novos termos para esta área, de modo que, muitos autores/leitores de sci-fi estão adotando tais. Na antologia Invasão, colabora com o aclamado conto: A Fuga das Harpias, onde as cenas de um ataque alienígena ao nosso planeta são retratados de forma tão pungente, que o leitor chega a ter calafrios. Rico em detalhes, transmite-nos a idéia de estarmos diante da tela de cinema assistindo a tudo. Destaque para os diálogos ágeis — uma das características do autor —, a heroína Elana e a criatividade que lhe serviu para desenvolver as armas utilizadas por esta (página 75).

Outros autores — de estados diferentes — contribuíram também para a qualidade, desta que na minha opinião, vem a ser uma das melhores e mais interessantes antologias lançadas no segundo semestre deste ano.

Invasão é mais do que um livro — é o retrato mais representativo do poder da criatividade do escritor brasileiro e item obrigatório de qualquer biblioteca que se preze.

postado pela Secretaria do COMUC

ITAJAÍ EM CARTAZ


Mostra reúne o melhor do teatro itajaiense

3º Itajaí em Cartaz terá sua abertura neste sábado, dia 24, às 11 horas, com espetáculo na Rua Hercílio Luz, em frente à Casa da Cultura

Nos próximos dias, o público poderá apreciar o melhor da cena teatral itajaiense, conhecida pela qualidade de suas produções. A terceira edição da mostra Itajaí em Cartaz acontece de 24 a 31 de outubro, no Teatro Municipal de Itajaí.

A mostra terá a participação de onze grupos teatrais da cidade e outros dois convidados, de Criciúma e Joinville. Serão, no total, 31 apresentações em oito dias. “O 3º Itajaí em Cartaz é uma iniciativa importante para o movimento teatral itajaiense porque condensa a produção dos grupos locais em uma semana”, analisa Caroline Carvalho, coordenadora do evento. “Além de abrir espaço para que o público conheça o nosso trabalho, é também uma oportunidade para que as pessoas possam desfrutar de bons espetáculos”, acrescenta.

Preços populares

Promovida pela recém-criada Rede Itajaiense de Teatro, órgão que reúne ampla maioria das companhias teatrais da cidade, a mostra terá ingressos a preços acessíveis. “Como o evento foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, os preços são populares”, explica Charles Augusto de Oliveira, também coordenador do 3º Itajaí em Cartaz. A exemplo das duas edições anteriores, Oliveira espera um bom público também para este ano. “A expectativa é de que possamos, além de manter o público que já frequenta o Teatro Municipal, promover a inclusão de novos espectadores, indo para a rua e também trazendo as pessoas para o teatro”, afirma.

Os ingressos para todas as apresentações custarão R$ 10 a entrada e R$ 5 a meia-entrada.

Abertura

O 3º Itajaí em Cartaz terá seu início neste sábado, 24 de outubro, às 11 horas. A abertura da mostra ficará sob a responsabilidade da Cia. Cirquinho do Revirado, de Criciúma. Os convidados apresentarão o espetáculo “Amor Por Anexins”. A apresentação acontece no calçadão da Rua Hercílio Luz, em frente à Casa da Cultura Dide Brandão.

Ainda no sábado, a programação prossegue à noite, no Teatro Municipal de Itajaí. Às 19 horas, no hall do Teatro, a Cia. Mútua apresenta “Missiva e Miragem”, espetáculo de teatro lambe-lambe. Em seguida, será a vez do grupo L.E.G.U.M.E, com uma Intervenção Clown. Em seguida entram em cena, no palco do Municipal, dois espetáculos da AECA: “A Pena e a Lei”, às 20 horas, e “Plínio Marcos”, às 21 horas.

Histórico da Mostra

Em maio de 2007, a primeira edição do Itajaí em Cartaz mostrou um panorama da produção teatral da cidade. Durante uma semana de intensa programação, foram apresentados espetáculos de todos os grupos da Câmara Setorial de Teatro.

No ano seguinte, também no mês de maio, o 2º Itajaí em Cartaz trouxe, além das companhias locais, o intercâmbio com a Cia. Trip de Teatro, de Rio do Sul. Na ocasião, os convidados apresentaram o espetáculo “De Malas Prontas”.

Para este ano, o objetivo da Rede Itajaiense de Teatro, ao promover o 3º Itajaí em Cartaz, é reunir a produção dos grupos locais e ampliar o intercâmbio, com grupos convidados na abertura e também no encerramento.

Mais informações:

Coordenadores da Mostra:

Caroline Carvalho – (47) 8406-0019

Charles Augusto – (47) 8809-6193

Texto:

André Pinheiro – Jornalista / SC 01159-JP

Assessoria de Comunicação – Fone (47) 9924-6503


De 23 a 31 - Ocorre em Itajaí o evento "Itajaí em Cartaz"
Apresentações todos os dias em Itajaí
Espetáculos Adultos e infantis

Confira a programação completa em:
http://itajaiemcartaz.blogspot.com/
O Grupo Teatral Porto Cênico
Está participando da mostra com 3 espetáculos:

Espetáculo "NOITE"
dia 26 Segunda-Feira - 20h
Teatro Municipal de Itajaí
http://www.portocenico.com.br/noite/

Espetáculo "ROUNIN"
dia 27 Terça-Feira 20h
Teatro Municipal de Itajaí
http://www.portocenico.com.br/rounin/

Espetáculo "Devoradores de Livros"
dia 30 Sexta-Feira - 10h30min e as 14h30min
Teatro Municipal de Itajaí
http://www.portocenico.com.br/devoradores/

Rede Itajaiense de Teatro
http://www.itajaiemcartaz.blogspot.com

O poeta, educador, editor e pesquisador itajaiense Cristiano Moreira participa de Simpósio em F´lorianópolis

II Simpósio de Fotografia e Cultura Visual: Arquivo e Imagem
Auditório da Unisul Padre Roma – Florianópolis, Centro
Unisul/Udesc, outubro 2009
Programação
Dia 22 de outubro, Quinta-feira
10h: Mesa 1 – Antonio Elíbio (UNISUL), Manoel Ricardo de Lima (UFSC), Rosângela Cherem (UDESC)
14h: Conferência Dr. Tadeu Chiarelli – “A imagem da família imperial e o imaginário modernista brasileiro”
16h30: Mesa 2 – Susana Scramim (UFSC), Luiz Felipe Soares (UFSC), Antonio Carlos Santos (UNISUL)
18h15: Mesa 3 – Mestrandos, mestres e doutorandos: Alexandra Espíndola (UNISUL), Caio Ricardo Bona Moreira (UFSC), Milla Jung (UDESC), Cláudia Zimmer (UDESC)

Dia 23 de outubro, Sexta-feira
10h: Mesa 4 – Cláudia Mesquita (UFSC), Ramayana Lira (UNISUL), Jorge Wolff (UNISUL)
14h: Conferência Dra. Laura Malosetti Costa – “Fotografia e pintura na construção da imagem dos heróis nacionais”
16h30: Mesa 5 – Maria Ivone dos Santos (UFRGS), Marina Moros (UFSC), Silvana Macedo (UDESC), Nestor Habkost (UFSC)
18h15: Mesa 6 – Mestrandos, mestres e doutorandos: Márcia Sousa (UDESC), Juliana Crispe (UDESC), Lela Martorano (Universidad de Granada, España), Cristiano Moreira (UFSC)
20h: Encerramento com coquetel e lançamento dos livros Impresiones porteñas, org. Laura Malosetti Costa e Marcela Gené, e Telquelismos latinoamericanos, Jorge Wolff
Postado pela Secretaria COMUC

“Pintando com Luz” é a nova exposição do Hall do Teatro Municipal de Itajaí

“Pintando com Luz” é a nova exposição do Hall do Teatro Municipal de Itajaí

Já está aberta para visitação no Hall do Teatro Municipal de Itajaí, a exposição “Pintando com Luz”, dos alunos do curso de Fotografia Digital, ministrado pelo professor Fabio Malewschik, na Casa da Cultura Dide Brandão. A mostra permanece até o dia 19 de novembro.

“Pintando com luz”, é composta por cerca de 20 fotos selecionados das turmas que se formaram entre maio e setembro. O professor e fotógrafo Fábio Malewschik, fala que foram usadas várias técnicas para fazer fotos artísticas, como fotos de longa exposição, que serve para captar imagens em condições de pouca luz, e still, usado pra clicar natureza morta.

Fábio é fotógrafo profissional há sete anos, e antes do trabalho na Casa da Cultura dava aulas no SENAC de Curitiba. O curso de Fotografia Digital da Casa da Cultura é o único entre Porto Belo e Piçarras que não exige formação, pois tem caráter técnico. O curso tem duração de três meses, sendo uma vez por semana, com vagas disponíveis para próximas turmas.

A exposição tem realização da Prefeitura de Itajaí, através da Fundação Cultural e Casa da Cultura Dide Brandão, com apoio da UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí, SESC de Itajaí, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional - Itajaí e Teatro Municipal de Itajaí.

Postado por Secretaria COMUC

FONTE
Renata Furlanetto
Jornalista DRT SC 02836-JP
FCI - Fundação Cultural de Itajaí

(47) 3349-1516
(47) 9911-7765
www.fundacaoculturaldeitajai.com.br

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Orquestra de Sopros

10 anos da Cia. Experimentus

Nas comemorações dos 10 anos da Cia. Experimentus, estrearemos na próxima semana o espetáculo Dois Amores e um Bicho que conclui as atividades do Projeto de Formação "O Espaço em Aberto" cujas atividades começaram em 2007.

Cia. Experimentus
www.experimentus.com.br



dois amores e um bicho

Em Dois Amores e um Bicho, montagem do texto do venezuelano Gustavo Ott, o público é convidado à sala de estar de uma adorável família às voltas com crimes do passado e do presente. Em um jogo perverso e patético, eles encenam e revivem o passado investigando os motivos que levaram Pablo, o pai, a espancar um cachorro até a morte há 15 anos. No presente, em um zoológico das redondezas, novos assassinatos de animais começam a ocorrer.


Ficha Técnica:

texto de Gustavo Ott
tradução: Marialda Gonçalves Pereira
adaptação: Cia. Experimentus
direção: Daniel Olivetto
com: Jô Fornari, Marcelo F. de Souza e Sandra Knoll
preparação de atores: Barbara Biscaro
cenário: Roberto Gorgati
figurino: Barbara Biscaro
concepção de luz e projeto gráfico: Daniel Olivetto

Estréia:
Terça, dia 20 de Outubro - 21h - Teatro Municipal de Itajaí
Apenas 70 lugares
Mostra Itajaí em Cartaz:
Quarta, dia 28 de Outubro
Duas sessões: 20h e 22h [Apenas 70 lugares em cada sessão]

Ingressos:
Preços populares nas apresentações de estréia: R$ 10,00
[R$ 5,00, meia-entrada para estudantes, professores sindicalizados ao SINPRO - Itajaí, e Idosos]

AAPLASC/Associação dos Artistas Plásticos de SC e FAAPSC/Federação das Associações de Artistas Plásticos de SC num exposição em homenageia Max Moura

A abertura da mostra será no dia 22 de outubro de 2009, às 18 horas, na Galeria Municipal de Artes. A exposição permanecerá aberta à visitação até o dia 13 de novembro.
Antes da abertura, às 16 horas e 30 minutos, também na Galeria Municipal de Artes, alguns artistas que farão parte da coletiva, participarão de uma conversa sobre a arte contemporânea em Santa Catarina, mediada por Ane Fernandes, Diretora de Artes e da Casa da Cultura Dide Brandão.



Assumindo desde sua criação o compromisso com critérios de qualidade, seriedade e responsabilidade social do artista, a AAPLASC nestes seus 15 anos de atuação vem sendo coerente com os princípios que a norteiam.
Em sua coletiva atual na galeria da UFSC, a entidade presta homenagem a memória de Max Moura, que foi um de seus presidentes. A inquietação criadora de Max, a maneira com que assumiu os desafios de sua época, seu coleguismo e ética profissional fazem dele um excelente exemplo dos ideais que a AAPLASC, através de sua atuação busca alcançar, contribuindo desta forma, da mesma maneira que Max o fez tão brilhantemente para a atualização e conseqüente amadurecimento cada vez maior do fazer artístico em nosso Estado.
O conjunto das obras expostas onde cada autor utiliza-se das mais diferentes técnicas e suportes da uma idéia ao publico expectador do nível atingido por alguns dos mais representativos artistas atuantes em Santa Catarina, que integram o quadro social da AAPLASC, hoje sem duvida qualitativamente uma das mais importantes associações de artistas plásticos do sul do País.
Nesta exposição teremos vários tipos de obras, desde instalações, esculturas, cerâmica, objetos, pinturas, gravuras, etc, mostrando a diversidade da produção dos artistas da AAPLASC. Cada artista exporá apenas uma obra de pequeno formato, devido a pequena disponibilidade de espaço em função da grande quantidade de artistas expositores. As obras não estarão à venda nesta exposição.
Esta Exposição homenageia nosso querido companheiro Max Moura, falecido recentemente.
A AAPLASC, entidade que reune os mais expressivos artistas de nosso estado, tem representantes no Conselho Estadual de Cultura, na Comissão de Seleção de Obras Públicas, e seus artistas ocupam cargos de relevância em vários órgãos ligados à Cultura Catarinense.A Associação tem vários projetos em andamento, inclusive um site para para dar maior visibilidade a seus associados.Sua diretoria é composta por Ivan de Sá - presidente,Maurício Muniz - vice, Bebeto - diretor artístico, Cleidi Albuquerque e Cléa espíndola - secretárias, Isabela Hoffmann - tesoureira e Isabela Sielski, Janga, Neno Brasil e Flávia Fernandes - conselheiros.
Segue lista de associados, em que a maioria dispensa apresentações, por serem já conhecidos da mídia e do público.
Ane Kronbauer, Beta Monfroni, Betânia Silveira, Bebeto, Carlos Alberto Franzoi, Cesar Silveira, Cesar Otacílio, Cristina Galloti, Charles Narloch, César Campos Júnior, Cassia Aresta, Clara Fernandes, Cléa Espíndola, Cleidi Albuquerque, Daniela Souto, Doraci Girrulat, Dirce Korbes, Eliane Prudêncio, Edson Machado, Elenite Peruzzo, Fernando Lindote, Flavia Fernandes, Giovana Zimermann, Gill Konell, Guido Hauer, Henrique Schucman, Hugo Mund ,Içara Andrezza, Idésio Leal, Isabela Sielski, Ivan de Sá, Jandira Lorenz, Jayro Schmidt, Janga, José Kinceler, Julia Iguti, Juliana Wosgraus, Juliana Hoffmann, Jussara Guimarães, Kátia Lisboa ,Lela Martorano, Leatrice Hoffmann, Lena Peixer, Linda Poll, Loro Lima, Lú Pires, Lygia Roussenq Neves, Luiz Canabarro, Marcos Ruck, Marta Martins, Mauricio Muniz, Neno Brazil, Neri Andrade, Onor Filomeno, Patricia Amante, Paulo Cecconi, Paulo Gaiad, Paulo Greuel, Pitta Camargo, Rafael Rodrigues, Renato Ribas, Rodrigo de Haro,Ronaldo Linhares, Rubens Ostroem, Rui Kronbauer, asSandra Fávero,Rosana Bortolin, Saulo Pereira, Semy Braga, Silvio Pléticos, Susana Simon, Sonia de Oliveira e Silva, Suely Beduschi, Tercio da Gama,Tiago Silva, Valdir Agostinho, Vera Sabino.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Inscrições para Conferência Municipal de Cultura podem ser feitas no dia do evento

As inscrições para Conferência Municipal de Cultura - 2009, promovida pela Prefeitura de Itajaí, através da Fundação Cultural, podem ser feitas no dia do evento, que acontece na próxima sexta-feira (23), das 8h30min às 12h e 14h às 18h. E para quem desejar se inscrever com antecedência o Formulário de Inscrição está disponível no endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Itajaí (www.itajai.sc.gov.br), assim como o link da Conferência com todas as informações. A Conferência será nas instalações do Auditório da Prefeitura Municipal de Itajaí,

A Conferência Municipal – 2009 constituirá o tema geral: “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, sem prejuízo das questões municipais e estaduais”, sendo realizada por todas as cidades, como Etapa Integrante da II Conferência Nacional de Cultura. É através da Conferência Municipal que se decide a participação de delegados na Conferência Estadual.



Poderão participar da Conferência Municipal de Cultura - 2009 os representantes dos poderes públicos e da sociedade civil que residam ou atuem no município. Representantes do Poder Público e da Sociedade Civil devidamente inscritos terão direito à voz, a priorizar propostas e a votar em delegados a serem eleitos. Já convidados terão direito à voz e não a voto. Ao público em geral será permitido o acesso à solenidade de abertura, às palestras, aos painéis, bem como os grupos de discussão.

Fonte: Renata Furlanetto
Jornalista DRT SC 02836-JP
FCI - Fundação Cultural de Itajaí

(47) 3349-1516
(47) 9911-7765
www.fundacaoculturaldeitajai.com.br

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA DE ITAJAÍ 2009



Descrição: A Conferência Municipal de Cultura - 2009, promovida pela Prefeitura Municipal de Itajaí, por meio da Fundação Cultural, acontece na próxima sexta-feira (23), das 8h30min às 12h e 14h às 18h. O evento será nas instalações do Auditório da Prefeitura Municipal de Itajaí, localizado na Rua Alberto Werner, nº 100, Bairro Vila Operária.

A Conferência Municipal – 2009 constituirá o tema geral: “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, sem prejuízo das questões municipais e estaduais”, sendo realizada por todas as cidades, como Etapa Integrante da II Conferência Nacional de Cultura.

Entre os objetivos da Conferência Municipal de Cultura em Itajaí está discutir a cultura brasileira; promover o debate entre artistas, produtores, conselheiros, gestores, investidores e demais protagonistas da cultura municipal; propor estratégias para o fortalecimento da cultura como centro dinâmico do desenvolvimento sustentável.

E ainda aprimorar e propor mecanismos de articulação e cooperação institucional; mapear a produção cultural de Itajaí, discutir suas peculiaridades, contradições e necessidades, estabelecendo prioridades e metas para o futuro. Assim como, colaborar e incentivar a organização de redes sociais culturais em torno de planos e metas comuns; contribuir para a formação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais, entre outras metas.

É através da Conferência Municipal que se decide a participação de delegados na Conferência Estadual. Poderão participar da Conferência Municipal de Cultura - 2009 os representantes dos poderes públicos e da sociedade civil que residam ou atuem no município. Representantes do Poder Público e da Sociedade Civil devidamente inscritos terão direito à voz, a priorizar propostas e a votar em delegados a serem eleitos. Já convidados terão direito à voz e não a voto.



Conferência Municipal de Cultura será na próxima sexta-feira

Ao público em geral será permitido o acesso à solenidade de abertura, às palestras, aos painéis, bem como os grupos de discussão. As inscrições serão feitas mediante preenchimento do Formulário de Inscrição, entre os dias 01 e 18 de outubro de 2009, no endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Itajaí (www.itajai.sc.gov.br). Assim como o link da Conferência com todas as informações

O que é o Plano Nacional de Cultura?

O Plano Nacional de Cultura terá por finalidade o planejamento e implementação de políticas públicas para os próximos dez anos no Brasil, que se expressará em ações determinantes para o exercício da cidadania, a expressão simbólica e o desenvolvimento econômico do País.
O que é o Sistema Nacional de Cultura?
O Sistema Nacional de Cultura é um sistema de articulação, gestão, informação e promoção de políticas de cultura, pactuado entre os entes federados, com participação da sociedade civil. O Decreto nº. 5.520, de 24 de agosto de 2005, instituiu o Sistema Federal de Cultura e reestruturou o Conselho Nacional de Política Cultural. O Sistema tem como objetivo programar uma política pública de cultura democrática e permanente, promovendo desenvolvimento com pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional.
Quanto aos Delegados
Serão sugeridos nomes dos participantes inscritos na Conferência Municipal de Cultura para ser feita, em forma de eleição direta e aberta, a escolha dos delegados. Os mesmos representarão não só a cidade de Itajaí na Conferência Estadual, como também apresentarão e defenderão as propostas escolhidas pela Conferência Municipal de Itajaí.
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8h às 9h Credenciamento e apresentação dos alunos do Conservatório de Música
9h15min Formação da mesa e abertura da Conferência com o Superintendente da Fundação Cultural de Itajaí, Agê Pinheiro
9h30min Palestra com Anita Pires - Presidente da Fundação Catarinense de Cultura
10h Palestra com Leone Silva - Representante do Conselho Estadual de Cultura
10h30min Início das apresentações dos 5 Eixos de Discussões
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Eixo 1 Produção Simbólica e Diversidade Cultural
Apresentação: Coordenadora do Curso de Música, Mônica Zewe Uriarte

Representante da Universidade do Vale do Itajaí
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Eixo 2 Cultura, Cidade e Cidadania
Apresentação: Superintendente, Darlan Pereira Cordeiro

Representante da Fundação Genésio Miranda Lins
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Eixo 3 Cultura e Desenvolvimento Sustentável
Apresentação: Gerente de Extensão e Cultura, Pedro Floriano dos Santos

Representante da Universidade do Vale do Itajaí
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Eixo 4 Cultura e Economia Criativa
Apresentação: Coordenador de Cultura, Marcelo de Lima Morais

Representante do SESC
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Eixo 5 Gestão e Institucionalidade da Cultura
Apresentação: Gerente de Turismo, Cultura e Esporte, Silvioirã dos Santos

Representante da Secretaria de Desenvolvimento Regional
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11h45min Divisão dos Grupos de Trabalho
12h Pausa para o almoço
14h Retorno do almoço e início das discussões nos Grupos de Trabalho
15h Apresentação de duas propostas de cada Grupo de Trabalho
16h40min Sugestão de nomes e eleição dos Delegados
17h15min Encerramento da Conferência
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TEXTO-BASE DA CONFERÊNCIA NACIONAL DE CULTURA*
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Esse princípio, que está no parágrafo único do art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil (CF/88), introduz no país o Estado Democrático de Direito, que combina procedimentos da democracia representativa (eleições) e da democracia participativa (direta). É com base nele que o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Cultura (MinC), convoca a 2ª Conferência Nacional de Cultura, fórum participativo que reúne artistas, produtores, gestores, conselheiros, empresários, patrocinadores, pensadores e ativistas da cultura, e a sociedade civil em geral, com as seguintes atribuições: (i) discutir a cultura brasileira nos seus múltiplos aspectos, valorizando a diversidade das expressões e o pluralismo das opiniões; (ii) propor estratégias para: fortalecer a cultura como centro dinâmico do desenvolvimento sustentável; universalizar o acesso dos brasileiros à produção e fruição da cultura; consolidar a participação e o controle social na gestão das políticas públicas de cultura; implantar e acompanhar os Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura e o Plano Nacional de Cultura; e (iii) avaliar os resultados obtidos a partir da 1ª Conferência Nacional de Cultura, realizada em 2005.
A 2ª Conferência Nacional de Cultura, além da Plenária Nacional, terá as seguintes instâncias de discussão: (i) conferências municipais e intermunicipais; (ii) conferências estaduais e do distrito federal; (iii) pré-conferências setoriais; (iv) conferência virtual e (v) conferências livres. Além de deliberar, esses encontros visam estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do país, para dar prosseguimento, em caráter permanente, às discussões e articulações.
TEMA GERAL: Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento
No início de sua gestão à frente do Ministério da Cultura (MinC), quando perguntado sobre as diretrizes que iriam pautar a política cultural do governo, o ex-ministro Gilberto Gil respondeu: “A abrangência”. Esse critério fundamentou a concepção que hoje compreende a cultura em três dimensões: simbólica, cidadã e econômica.
A dimensão simbólica fundamenta-se na ideia de que é inerente aos seres humanos a capacidade de simbolizar, que se expressa por meio das diversas línguas, valores, crenças e práticas. Toda ação humana é socialmente construída por meio de símbolos que, entrelaçados, formam redes de significados que variam conforme os diferentes contextos sociais e históricos. Nessa perspectiva, também chamada antropológica, a cultura humana é o conjunto de modos de viver, que variam de tal forma que só é possível falar em culturas, no plural.
Adotar essa dimensão possibilita instituir uma política cultural que enfatiza, além das artes consagradas, toda a gama de expressões que caracterizam a diversidade cultural brasileira. Mesmo no âmbito exclusivo das artes, a concepção simbólica permite ampliar a ação pública para abranger todos os campos da cultura. Artes populares, eruditas e de massas são colocadas num mesmo patamar político, merecendo igual atenção do Estado, embora com programas, ações e projetos específicos e respeito ao comando constitucional que protege, de forma especial, as culturas populares, indígenas e afro-brasileiras (art. 215). Também é superada a tradicional separação entre políticas de fomento à cultura (geralmente destinadas às artes) e de proteção ao patrimônio cultural, pois ambas se referem ao conjunto da produção simbólica da sociedade.
A dimensão cidadã fundamenta-se no princípio de que os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos e devem constituir-se como plataforma de sustentação das políticas culturais. A esse respeito a CF/88 é explícita: “O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais” (art. 215). Contudo, esses direitos são ainda pouco conhecidos e frequentemente desrespeitados e subestimados, quando comparados aos direitos civis, políticos, econômicos e sociais, que gozam de maior reconhecimento. Por outro lado, o mundo contemporâneo, pós-Guerra Fria, está vendo emergir fatores de ordem política, social e econômica que estão conduzindo as questões culturais ao centro das atenções. Nessa conjuntura, definir e colocar em prática os direitos culturais é vital para o desenvolvimento humano e para a promoção da paz (ver pontos 2.3 e 3.1).
A dimensão econômica compreende que a cultura, progressivamente, vem se transformando num dos segmentos mais dinâmicos das economias de todos os países, gerando trabalho e riqueza. Mais do que isso, a cultura é hoje considerada elemento estratégico da chamada nova economia, que se baseia na informação, na criatividade e no conhecimento. A economia da cultura não pode mais ser desconsiderada pelas políticas governamentais, não só pelo que representa no fomento ao próprio setor, mas também por sua inserção como elemento basilar do desenvolvimento econômico geral.
EIXO I – PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL
Foco: produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais, formação no campo da cultura e democratização da informação.
1.1. PRODUÇÃO DE ARTE E BENS SIMBÓLICOS
A arte pode ser compreendida como um dos subsistemas simbólicos da cultura - o sistema estético - onde estão refletidos os significados subjacentes à vida social, presentes também em outros campos: na religião, no trabalho, nas relações de parentesco e poder. Assim entendida, a arte é uma das formas de conhecer e interpretar o mundo. A ampla gama de expressões artísticas existentes no planeta resulta da diversidade de concepções que os seres humanos têm sobre como são e funcionam as coisas.
As instituições culturais, reconhecendo essa diversidade, lançam um novo olhar sobre o debate referente à valoração simbólica da produção artística. Tanto as instituições responsáveis pelo patrimônio cultural, como as que cuidam das artes contemporâneas, começam a construir um modelo menos rígido para classificar e tratar essa produção. As fronteiras que pareciam separar o tradicional do contemporâneo se desfazem. O próprio conceito de contemporaneidade passa a levar em consideração as manifestações populares. Mesmo porque essas manifestações nunca foram estáticas, ao contrário, as tradições sempre evoluem e se modificam, acompanhando o movimento da história. Os bens simbólicos, tomados em conjunto, agora fazem parte de um projeto de política cultural que considera a multiplicidade de expressões como a referência institucional.
A pintura corporal dos índios brasileiros exemplifica essa fusão de arte e patrimônio cultural. Ela é, ao mesmo tempo, expressão estética, sinalização ritualística, identificação de grupo étnico, diferenciação sexual, representação de poder, proteção corporal e mimetismo. É uma manifestação cultural de entendimento simples para os que dela compartilham, integrada harmoniosamente à comunidade e ao meio-ambiente. No entanto, é complexa para os estudiosos, pois abrange um universo fabuloso de variações, conforme a origem do grupo, refletindo um sistema de códigos que remontam a tempos imemoriais.
Na história do mundo ocidental, contudo, o campo das artes adquire autonomia e se fragmenta. Na atualidade, a cada dia que passa as fronteiras que separam as artes se tornam mais flexíveis, mas ainda cabe às instituições culturais compreender as especificidades de cada uma e identificar suas carências e potencialidades. E instituir políticas de fomento, investimento e financiamento que garantam, em parceria com a iniciativa privada e não-governamental, a sustentação dos processos de criação, produção, distribuição, difusão, consumo e preservação dos bens simbólicos (ver 4.1.).
1.2. CONVENÇÃO DA DIVERSIDADE E DIÁLOGOS INTERCULTURAIS
No mundo contemporâneo - onde a cultura e as identidades culturais estão na base de inúmeros conflitos -, respeitar a diversidade cultural significa, antes de tudo, garantir a paz e a segurança internacionais. Para tanto, a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, aprovada pela Unesco em 2005 e já ratificada pelo Brasil, convoca os povos e nações ao diálogo e à cooperação. O diálogo intercultural será eficaz se tiver como ponto de partida o respeito mútuo e o reconhecimento da dignidade inerente a todas as culturas. O Brasil, por sua diversidade e tradição diplomática em defesa da paz, agora elevada a princípio constitucional (art. 4º, VI e VII), pode e deve tornar-se um ator relevante na promoção desse diálogo, contribuindo para a solução de conflitos que eclodem a toda hora no cenário internacional.
A diversidade cultural é um dos maiores patrimônios do Brasil, fruto de nossa formação histórica. Por isso o diálogo intercultural deve estabelecer-se também no âmbito interno, entre os diversos grupos de identidade existentes no território nacional. Para tanto, a Convenção reafirma o direito soberano dos Estados de implantar as políticas e medidas que eles julgarem apropriadas para proteger e promover a diversidade das expressões culturais existentes em seus territórios, tendo presente que cabe proteção especial aos grupos mais vulneráveis às dinâmicas excludentes da globalização.
1.3. CULTURA EDUCAÇÃO E CRIATIVIDADE
A capacidade de criar é inerente a todos os seres humanos e se manifesta desde a tenra infância. No entanto, para que seja desenvolvida e potencializada, a criatividade depende, além do esforço individual, de um contínuo processo de formação, informação e aperfeiçoamento.
O desenvolvimento econômico e social do mundo contemporâneo está associado, cada vez mais, à capacidade humana de simbolizar, ou seja, ancora-se na criatividade de indivíduos e grupos. Nesse contexto, investir conjuntamente em cultura e educação é estratégico, e para isso é necessário criar instâncias de coordenação entre as políticas culturais e educacionais e estimular a interação entre as expressões da cultura e o sistema educativo.
Em 1985 ocorre a separação entre os ministérios da Educação e da Cultura, que até então era tratada como apêndice da política educacional. Criar um ministério exclusivo, no momento da transição para a democracia, significou reconhecer a importância da cultura para a construção da cidadania e para a proteção, promoção e valorização da diversidade cultural e da criatividade brasileiras. No entanto, esse ganho também trouxe perdas. Educação e Cultura praticamente deram-se as costas e a separação administrativa acabou gerando uma separação conceitual. Perdeu a Educação, com políticas dissociadas da dimensão da arte, da criatividade e da diversidade cultural; perdeu a Cultura, com políticas baseadas numa visão exclusivamente comercial, voltadas para o entretenimento e esquecidas de seu papel na promoção da cidadania.
Cabe, agora, buscar o reencontro da Educação e da Cultura, sem que para isso seja necessário retornar à situação administrativa anterior. As políticas culturais e educacionais podem construir uma agenda comum e colaborativa que qualifique a educação artística, implante a educação patrimonial e contribua para o incentivo ao livro e à leitura. Espera-se que essa agenda recoloque a cultura na vida cotidiana de professores e estudantes e abra espaço para que os mestres da cultura popular possam transmitir a riqueza dos seus saberes. Para tanto, é fundamental impulsionar a implantação da lei n º 11.465, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade das temáticas da história e da cultura afro-brasileira e indígena. Cabe aos afrodescendentes e indígenas serem os protagonistas desse processo, já que são eles os legítimos detentores da memória e da história desses povos.
1.4. CULTURA, COMUNICAÇÃO E DEMOCRACIA
As atividades relacionadas à informação estão adquirindo importância crescente no mundo atual. A produção, difusão e acesso às informações são requisitos básicos para o exercício das liberdades civis, políticas, econômicas, sociais e culturais. O monopólio dos meios de comunicação (mídias) representa uma ameaça à democracia e aos direitos humanos, principalmente no Brasil, onde a televisão e o rádio são os equipamentos de produção e distribuição de bens simbólicos mais disseminados, e por isso cumprem função relevante na vida cultural.
As políticas culturais só recentemente começam a dar importância aos meios de comunicação de massas e ao seu papel de produtor e difusor da cultura. Tão necessário quanto reatar o vínculo entre cultura e educação é integrar as políticas culturais e de comunicação. Nesse sentido, os fóruns de cultura e de comunicação devem unir-se na luta pela regulamentação dos artigos da CF/88 relativos ao tema. Entre eles o que obriga as emissoras de rádio e televisão a adaptar sua programação ao princípio da regionalização da produção cultural, artística e jornalística, bem como o que estabelece a preferência que deve ser dada às finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, à promoção da cultura nacional e regional e à produção independente (art. 221). Da mesma forma, cabe regulamentar o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal de rádio e TV (art. 223).
As emissoras comerciais se organizam com base nas demandas do mercado, que são legítimas. Contudo, essas demandas não podem ser as únicas a dar o tom da comunicação social no país. Aqui entra o papel das emissoras públicas, que devem dar visibilidade às idéias e expressões culturais minoritárias, que não têm aptidão para tornarem-se “campeãs de audiência” e nem encontram lugar nas emissoras comerciais. Exercendo funções complementares – não opostas – as emissoras públicas e comerciais, cada uma no seu campo, fortalecem a saúde da democracia.
As TVs e rádios comerciais vendem sua audiência (o público) para os anunciantes. Sua estratégia dirige-se à captação de público e à manutenção da atenção desse público. Elas vivem disso, que é o que tem valor em seu modelo de negócio. Para tanto, sua programação visa, basicamente, o entretenimento. As TVs e rádios públicas devem caminhar em outra direção. Não podem ser caixas de ressonância das demandas do mercado e tampouco sujeitar-se a promover os governantes. Precisam ser independentes dos governos e do mercado. Sua programação deve basear-se na experimentação de linguagens, na discussão de ideias e na busca da autonomia e da emancipação de ouvintes e telespectadores. Em suma, o negócio da televisão e das rádios públicas não é o entretenimento, é cultura, educação, informação e liberdade.
Para avançar nessa direção é necessária uma maior articulação interna do setor. Hoje, no país, há inúmeros canais públicos, mas eles não dialogam nem cooperam entre si e por vezes se consideram concorrentes. Conjugadas, essas emissoras podem estabelecer redes capazes de produzir e transmitir conteúdos ricos e diversos, funcionando em bases articuladas democraticamente, que respeitem suas especificidades, mas cuja resultante seja a constituição de malhas de troca e conexão de programações.
A TVs e rádios públicas são estratégicas para que a população tenha acesso aos bens culturais e ao patrimônio simbólico do país em toda sua diversidade. Para tanto elas precisam aprofundar a relação com a comunidade, que se traduz no maior controle social sobre sua gestão, no estabelecimento de canais permanentes dedicados à expressão das demandas dos diversos grupos sociais, na adoção de um modelo aberto à participação de produtores independentes e na criação de um sistema de financiamento que articule o compromisso de Municípios, Estados e União. Organicamente ligadas à sociedade, podem ampliar seu leque de prestação de serviços, conjugando programações para diferentes meios (como a telefonia celular e a internet) e espaços educativo-culturais, como escolas, universidades, centros culturais, sindicatos e associações comunitárias.
EIXO II – CULTURA, CIDADE E CIDADANIA
Foco: cidade como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso a bens culturais.
2.1. CIDADE COMO FENÔMENO CULTURAL
Em 2004, cidades e governos locais de todo o mundo, comprometidos com os direitos humanos, a diversidade cultural, a democracia participativa e a criação de condições para a paz, aprovaram a Agenda 21 da Cultura, documento orientador das políticas culturais locais. Entre os princípios desse documento destacam-se: (i) a diversidade cultural é o principal patrimônio da humanidade; não obstante, ninguém pode invocá-la para atentar contra os direitos humanos; (ii) há uma profunda relação entre patrimônio cultural e patrimônio ambiental, que constituem bens comuns da humanidade; (iii) a liberdade cultural dos indivíduos e das comunidades é uma condição essencial da democracia; (iv) as cidades e espaços locais são ambientes privilegiados de realização da cultura, onde o encontro de tudo o que é diferente e distinto torna possível o desenvolvimento humano integral; (v) o patrimônio cultural, tangível e intangível, é testemunho da criatividade humana e substrato da identidade dos povos; (vi) a afirmação das culturas e o conjunto de políticas postas em prática para seu reconhecimento e viabilidade, constituem fator essencial ao desenvolvimento das cidades e territórios em todos os planos: econômico, político, social e humano; (vii) as políticas culturais devem encontrar um ponto de equilíbrio entre interesses públicos e privados; uma excessiva institucionalização ou a excessiva prevalência do mercado comportam riscos e levantam obstáculos ao desenvolvimento dos sistemas culturais; (viii) o acesso sem distinções aos meios de expressão, tecnológicos e de comunicação e a constituição de redes horizontais fortalece e alimenta a dinâmica das culturas locais e enriquece o acervo coletivo; (ix) os espaços públicos são bens coletivos e nenhum indivíduo ou grupo pode ver-se privado de sua livre utilização, dentro do respeito às normas adotadas em cada cidade.
Sabe-se que a população brasileira, entre 1940 e 1980, passou de predominantemente rural para majoritariamente urbana, sob o impulso da migração de um vasto contingente de pobres. Nessas cidades, por muito tempo a população pobre permaneceu excluída das condições básicas de vida, sem acesso à infra-estrutura urbana e às oportunidades de trabalho, cultura e lazer. Em geral, os equipamentos culturais ficavam situados no centro urbano ou nas regiões mais ricas da cidade.
Com a redemocratização do país, muitas administrações municipais implantaram o Orçamento Participativo e essa população passou a ser consultada e a reivindicar a instalação de Centros Culturais. As expectativas em torno desses espaços são de três tipos: (i) ser um lugar de lazer, recreação e cultura localizado próximo ao local de residência; (ii) servir como antídoto à sedução que o crime organizado exerce sobre crianças e jovens, por meio da ocupação do tempo livre (extra-escolar); (iii) abrir oportunidades de inclusão social (emprego e renda) via atividades artesanais e artísticas. Constata-se, assim, que a cultura está sendo chamada a cumprir papel complementar às políticas educacionais, de segurança e trabalho, o que impõe grandes responsabilidades. Os equipamentos culturais também são utilizados para reabilitar áreas urbanas atingidas pela degradação e pelo esvaziamento. Nesse ponto, o desafio é revitalizar sem discriminar, já que muitos projetos desse tipo implicam na expulsão da população pobre para áreas distantes e mais desvalorizadas.
A instalação de espaços culturais constitui o ponto culminante dos programas de descentralização da cultura, que têm um caráter, ao mesmo tempo, geopolítico e socioeconômico, porque resultam na implantação de equipamentos em regiões da cidade ainda marcadas pela exclusão. Ao avaliar os resultados dos programas de descentralização cultural, é possível constatar que a perspectiva dicotômica – centro/periferia – deve ser substituída por uma nova visão das cidades, que identifica no território urbano uma variedade de regiões, com seus próprios centros e periferias.
2.2.MEMÓRIA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
Há uma dialética da tradição, isto é, uma tradição só se firma e se mantém como tal na medida em que é capaz de renovar-se, quando ocorrem mudanças históricas que ameaçam sua sobrevivência ou exigem sua transformação. Se não se transforma, a “tradição” está fadada ao desaparecimento. Há uma relação dialética também entre identidade e criatividade. Se a identidade é um sistema de significados que se fundamenta na memória, a criatividade é o processo de produção de novos significados, que sinalizam para o futuro.
O poder público enfrenta um dilema quando é chamado a proteger a diversidade cultural. Historicamente, as políticas de patrimônio cultural vinculam-se às estratégias de legitimação do poder, ou seja, à necessidade que tem o Estado de se apresentar como o representante do interesse geral da sociedade, de todos os seus membros, independentemente de classe social, gênero, etnia, etc. As políticas educacionais e culturais muitas vezes são instrumentalizadas com esse objetivo. Para cumprir a função legitimadora, as políticas de patrimônio costumam construir uma identidade coletiva dos habitantes de determinado território (nacional, subnacional, local), a fim de unir os indivíduos em torno de valores que, supostamente, são comuns a todos. Para que essa identidade exerça eficazmente o papel legitimador ela deve ser singular (referir-se somente a um território), imutável (ou seja, anti-histórica) e unívoca (portadora de um mesmo significado para todos os membros da sociedade).
A pergunta que se coloca é a seguinte: como pode o poder público proteger e promover a diversidade cultural existente no território sob sua jurisdição, se ele necessita, para legitimar-se, de construir uma identidade única e comum no âmbito desse mesmo território? Uma alternativa que se apresenta é considerar como coletiva a soma das diversas identidades grupais, mas, para isso, é preciso abandonar o objetivo de construir uma identidade oficial e ser capaz de operar em um campo no qual podem ocorrer tensões e conflitos entre os diversos movimentos de identidade. Além disso, o poder público tem de estar aparelhado para processar as múltiplas demandas dos atores sociais que lutam pelo reconhecimento de suas identidades. Enfim, trata-se de reconhecer que existe unidade na diversidade, e diversidade na unidade.
Uma outra questão, também complexa, refere-se à possibilidade de haver distintas interpretações sobre os significados do patrimônio cultural. A distinção entre patrimônio material e imaterial ajuda a compreender esse fenômeno. É fato que o patrimônio material - particularmente o constituído de “cal e pedra” - tende a ser duradouro, variando pouco através do tempo. O patrimônio imaterial, por sua vez, constituído pelos saberes, celebrações e formas de expressão, tende a modificar-se mais rapidamente e a adquirir novos formatos. Contudo, o que importa mesmo são os valores e significados atribuídos pelas coletividades a esse patrimônio, seja ele material ou imaterial. Desse ponto de vista é possível dizer que todo patrimônio cultural é, em última instância, imaterial, porque afinal significados e valores são coisas imateriais. No entanto, os significados podem variar quando interpretados por um ou outro grupo humano. Todos concordam que Jerusalém tem uma grande significação para a história da humanidade. Mas os valores ali contidos variam conforme o olhar das diferentes religiões, podendo ser até mesmo antagônicos se interpretados por católicos, muçulmanos ou judeus.
Todas essas complexas questões levam a concluir que os espaços de memória, como os museus, arquivos e bibliotecas, têm uma grande importância social e política. A memória coletiva necessita de suportes para manter-se disponível e em permanente ressignificação. Cumprindo a função de guardar, conservar e disponibilizar acervos, essas instituições contribuem enormemente para a extensão dos direitos culturais.
2.3. ACESSO, ACESSIBILIDADE E DIREITOS CULTURAIS
A Constituição brasileira, embora cite explicitamente os direitos culturais, não chega a detalhá-los. Contudo, analisando os vários documentos internacionais da ONU e da Unesco já reconhecidos pelo Brasil, e a própria CF/88, pode-se concluir que os direitos culturais são os seguintes: direito à identidade e à diversidade cultural; direito à participação na vida cultural (que inclui os direitos à livre criação, livre acesso, livre difusão e livre participação nas decisões de política cultural); direito autoral e direito/dever de cooperação cultural internacional.
O direito à identidade e à diversidade cultural, que nasce durante o século XVIII no âmbito dos Estados nacionais, é elevado ao plano internacional após a Segunda Guerra Mundial, quando ocorrem verdadeiros saques ao patrimônio cultural dos países ocupados. Em 1954 a Unesco proclama a Convenção sobre a Proteção dos Bens Culturais em caso de Conflito Armado, documento em que os Estados se comprometem a respeitar os bens culturais situados nos territórios dos países adversários, assim como a proteger seu próprio patrimônio em caso de guerra. O movimento ecológico, que ganhou ímpeto a partir da década de 1970, também contribui para a elevação desse direito ao plano mundial. Em 1972 a Unesco aprova a Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, onde se considera que a deterioração e o desaparecimento de um bem natural, ou cultural, constituem um empobrecimento do patrimônio de todos os povos do mundo. O vínculo entre patrimônio cultural e ambiental é reforçado na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (2001), que diz ser a diversidade cultural, para o gênero humano, tão necessária quanto a diversidade biológica para a natureza. Por isso deve ser reconhecida e consolidada em beneficio das gerações presentes e futuras. Situação específica é a dos países onde existem minorias étnicas, religiosas e lingüísticas. Nesse caso, o artigo 27 do Pacto dos Direitos Civis e Políticos (1966) garante aos membros desses grupos o direito de ter sua própria vida cultural, professar e praticar sua própria religião e usar sua própria língua. Em 1992 a ONU aprofunda esses princípios na Declaração sobre os Direitos das Pessoas Pertencentes às Minorias Nacionais, Étnicas, Religiosas e Lingüísticas, na qual se formula a obrigação dos Estados de proteger a identidade cultural das minorias existentes em seus territórios. Também cabe destacar a Recomendação sobre a Salvaguarda da Cultura Tradicional e Popular (1989). Considerando que a cultura popular deve ser protegida por e para o grupo cuja identidade expressa, e reconhecendo que as tradições evoluem e se transformam, essa Recomendação insiste, basicamente, na necessidade dos Estados apoiarem a investigação e o registro dessas manifestações. Não obstante, temendo que a cultura popular venha a perder seu vigor sob a influência da indústria cultural, recomenda-se aos Estados que incentivem a salvaguarda dessas tradições não só dentro das coletividades das quais procedem, mas também fora delas. Finalmente, cabe citar a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais. Esse documento chama a atenção para a necessária integração da cultura nos planos e políticas nacionais e internacionais de desenvolvimento e reafirma o direito soberano dos Estados de implantar políticas de proteção e promoção da diversidade cultural em seus respectivos territórios.
O direito à livre participação na vida cultural foi proclamado no artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948): toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de gozar das artes e de aproveitar-se dos progressos científicos e dos benefícios que deles resultam. Analisando documentos posteriores, pode-se subdividir o direito à participação na vida cultural em quatro categorias: direito à livre criação, livre fruição, livre difusão e livre participação nas decisões de política cultural. A Recomendação sobre o Status do Artista (1980), que trata da liberdade de criação, convoca expressamente os Estados a ajudar a criar e sustentar não apenas um clima de encorajamento à liberdade de expressão artística, mas também as condições materiais que facilitem o aparecimento de talentos criativos. No que diz respeito à difusão, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966) assegura a todas as pessoas a liberdade de procurar, receber e difundir informações e idéias de qualquer natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística, ou qualquer outro meio de sua escolha. Excetuam-se os casos que envolvem a reputação das demais pessoas e as manifestações contrárias aos princípios fundamentais dos direitos humanos, tais como a propaganda a favor da guerra e a apologia ao ódio nacional, racial ou religioso. Por fim, a Declaração do México sobre as Políticas Culturais (1982) postula a ampla participação dos indivíduos e da sociedade no processo de tomada de decisões que concernem à vida cultural. Para tanto, recomenda-se multiplicar as ocasiões de diálogo entre a população e os organismos culturais, por meio da descentralização das políticas de cultura.
O direito autoral foi internacionalmente reconhecido na Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigo 27) e, mais tarde, na Convenção Universal sobre Direito de Autor (1952). Esse direito permeia a criação, a produção, a distribuição, o consumo e a fruição dos bens culturais, e está na base de todas as cadeias econômicas da cultura. Fundamenta-se na ideia de que a propriedade sobre a criação intelectual e artística é a mais legítima e a mais pessoal das propriedades, porque as obras, além da dimensão material, têm uma dimensão moral, são como emanações da personalidade dos autores. Entretanto, o direito autoral não é puramente individual, porque depois de certo tempo as obras caem em domínio público, ou seja, passam a pertencer a toda a sociedade. O interesse social termina por prevalecer sobre o individual. Hoje, na sociedade da informação e do conhecimento, o direito autoral vem sendo bastante questionado. Pergunta-se se é possível coexistirem o direito autoral e a rede mundial de computadores (Internet), que permite uma inédita reprodução de textos, sons e imagens. Os especialistas respondem que sim, é possível, mas que para isso o direito autoral terá de renovar-se e até mesmo utilizar-se das novas tecnologias para proteger os autores e suas obras. Nessa renovação o direito autoral terá de harmonizar-se com o direito à participação na vida cultural, para que a liberdade de acesso e a exclusividade de utilização das obras – princípios, respectivamente, da sociedade da informação e do direito autoral – possam coexistir e equilibrar os interesses públicos e particulares envolvidos.
O direito/dever de cooperação cultural internacional foi proclamado na Declaração de Princípios da Cooperação Cultural Internacional (1966): a cooperação cultural é um direito e um dever de todos os povos e de todas as nações, que devem compartilhar o seu saber e os seus conhecimentos, diz seu artigo quinto. Essa Declaração considera o intercâmbio cultural essencial à atividade criadora, à busca da verdade e ao cabal desenvolvimento da pessoa humana. Afirma que todas as culturas têm uma dignidade e um valor que devem ser respeitados e que é através da influência que exercem umas sobre as outras que se constitui o patrimônio comum da humanidade.
O vínculo entre os direitos à identidade e à cooperação é profundo. Se, por um lado, é reconhecido o direito de cada povo defender seu próprio patrimônio, de outro, esses mesmos povos têm o dever de promover o intercâmbio entre si. Em suma, nenhum país, região, grupo étnico, religioso ou lingüístico poderá invocar suas tradições para justificar qualquer tipo de agressão, pois acima dos valores de cada um está o patrimônio comum da humanidade, cujo enriquecimento se dá na mesma proporção em que o intercâmbio cultural é incrementado.
EIXO III – CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foco: a importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento
3.1.CENTRALIDADE E TRANSVERSALIDADE DA CULTURA
Para concretizar o conceito antropológico de cultura, que se expressa na CF/88 como “todos os modos de viver, fazer e criar” (art. 216), as políticas culturais têm de se articular com todas as outras políticas públicas. Além de necessário, isso hoje é urgente, porque as questões culturais vêm ocupando, de forma gradativa, lugar destacado nos conflitos mundiais.
No mundo atual, pós-Guerra Fria (particularmente pós-11 de setembro), são as culturas e as identidades culturais que estão moldando os padrões de coesão, desintegração e conflito entre pessoas, povos e nações. As diferenças agora não se definem apenas pelas ideologias, mas principalmente pela religião, idioma, história, valores, costumes, instituições e até mesmo pela auto-identificação subjetiva das pessoas. Além disso, os conflitos políticos (internos e entre as nações) cada vez mais são justificados por argumentos de natureza cultural.
Paralelamente, ocorre uma incessante fragmentação das identidades coletivas, impulsionada pela chamada globalização, na qual o livre fluxo de capitais, mensagens e mercadorias (incluindo as ilegais) ultrapassa as fronteiras e regulamentações dos Estados nacionais que assim se vêem limitados em sua influência. Entre as consequências dessa situação situa-se o enfraquecimento do poder mobilizador das identidades nacionais, sustentadas pelos Estados, e a retomada, por diferentes grupos e comunidades humanas, de identidades pretéritas, fundadas em antigas tradições.
A proliferação de identidades coletivas está relacionada também às transformações da economia capitalista, antes focada na produção e recentemente no consumo. Atributos considerados como trunfos dos produtores – lealdade aos costumes, tolerância à rotina e predisposição para adiar desejos –, são abominados pelos consumidores, que vivem ansiosos por adquirir a última novidade e descartar a penúltima. Nesse ambiente, novas identidades são constituídas e dissolvidas, impulsionadas por eventos ou motivos às vezes fúteis, como uma partida de futebol, um crime cruel ou a morte de uma celebridade em evidência.
O acesso às identidades é, contudo, um campo de luta e exclusão social. No topo da pirâmide global estão os que constituem e desarticulam suas identidades mais ou menos à vontade. Na base, abarrotam-se os que tiveram negado o acesso à escolha da identidade, que não têm direito de manifestar suas preferências e que no final se veem oprimidos por identidades impostas por outros, que humilham, desumanizam, estigmatizam: “sem teto”, “favelado”, “jeca”, “sem pátria”.
Para enfrentar esses novos desafios as políticas culturais precisam sair da posição periférica em que se encontram para colocar-se no cerne das políticas governamentais. Além de uma base conceitual e institucional mais sólida, têm de relacionar-se estrategicamente com outras políticas.
As interfaces com a Educação e a Comunicação são hoje prioritárias (ver 1.3. e 1.4.), mas outras conexões também são necessárias. A Cultura deve relacionar-se com as políticas de Ciência e Tecnologia e reforçar a premissa de que o desenvolvimento científico tem de incorporar a diversidade cultural do país, com seus múltiplos conhecimentos e técnicas. Também é vital articular-se com os programas de inclusão digital, pois os novos aparatos tecnológicos de transferência e armazenamento de informações influenciam as dinâmicas de expressão, fruição e consumo cultural. A convergência digital pode ser o ambiente futuro de circulação da cultura, mas para isso é necessário que as tecnologias de informação e comunicação sejam descentralizadas e democratizadas.
A Cultura pode contribuir também com as políticas de Saúde, seja na criação de ambientes lúdicos para o tratamento e socialização de doentes, seja no desenvolvimento de terapias baseadas nas artes (música, dança, artes visuais e outras), adequadas à cura de sofrimentos mentais.
Da mesma forma, a Cultura pode integrar-se com a Segurança Pública e contribuir para a redução da violência, pois maneja símbolos capazes de encantar, humanizar e reconstituir possibilidades de vida.
3.2. PATRIMÔNIO CULTURAL, MEIO AMBIENTE E TURISMO
No Brasil, a proximidade entre patrimônio cultural e natural é anterior à eclosão dos movimentos ambientalistas. O Decreto-lei 25, de 1937, que foi acolhido pela CF/88 e continua em vigor, prevê a proteção não só de bens do patrimônio histórico e artístico, como também de monumentos naturais e sítios de valor paisagístico, arqueológico e etnológico. É verdade que a trajetória da política de patrimônio priorizou os bens do período colonial, mas hoje essa perspectiva foi ampliada. A política cultural não está alheia à crise ambiental, que se torna mais grave a cada dia. Mesmo porque essa crise decorre de um componente cultural: o modo de vida consumista, que explora exaustivamente os recursos naturais.
Para muitos povos o vínculo entre natureza e cultura é indissolúvel, e aqueles que o perderam necessitam reatá-lo, sob pena de comprometer todo o ecossistema do planeta. No Brasil aprendemos pouco com as culturas indígenas; ao contrário, o país ainda está preso ao modelo colonial, extrativista, perdulário e sem compromisso com a preservação dos recursos naturais.
Agir com rigor na proteção do patrimônio natural e cultural pressupõe pensar novos modos de vida. Assim como o movimento ambientalista criou o conceito de desenvolvimento sustentável, para conciliar crescimento econômico e preservação da natureza, pode-se falar em “sustentabilidade cultural”, que significa erradicar a miséria, a pobreza e o analfabetismo, chegar aos níveis superiores de educação e usufruir dos benefícios da ciência e da tecnologia. Pressupõe respeitar e proteger a diversidade cultural, ter acesso às coisas belas e, no limite, conquistar a paz. Paz não como ausência de conflitos, mas como a possibilidade de solucioná-los por meios não-violentos.
Tendo como referência os conceitos de sustentabilidade ambiental e cultural é possível dialogar positivamente com as políticas de turismo. Somente assim podem ser suprimidas desconfianças mútuas, que resultam de ações equivocadas, como a remoção de moradores pobres de centros históricos reformados e a espetacularização de tradições populares, com objetivos exclusivamente comerciais. É sabido que os turistas têm predileção pelo que é original e singular, e que por isso os bens culturais e naturais exercem sobre eles forte atração. Essa circunstância pode ser aproveitada para potencializar as expressões culturais locais e conservar as belezas naturais, desde que o turismo seja também ele sustentável.
3.3. CULTURA, TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO LOCAL
Os territórios da cultura são múltiplos e suas fronteiras flexíveis e superpostas: cidade, campo e floresta; capital e interior; centro e periferia; litoral e sertão; União, Estados e Municípios; Grandes Regiões (norte/nordeste/sudeste/sul/centro oeste), regiões metropolitanas e outras no âmbito dos Estados; espaços cibernéticos... Os desafios que se colocam para as políticas culturais são os de estar presentes em todos esses lugares e contribuir para superar os desequilíbrios sócio-econômicos e regionais que ainda marcam a organização territorial do Brasil.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que os 10% mais ricos do Brasil são responsáveis por aproximadamente 40% do consumo cultural. A maioria desse público é constituída por pessoas de alta escolaridade e vive nas regiões metropolitanas, que concentram 41% do consumo cultural. Esse desequilíbrio territorial e social do consumo cultural está relacionado à desigualdade também na distribuição de equipamentos pelo país: 82% dos municípios têm baixo número desses equipamentos (menos de 6 entre 15 considerados), sendo que a região Norte apresenta 85% de municípios nessa categoria. Os empregos culturais formais na área da cultura também estão concentrados nas regiões de maior densidade econômica, particularmente no Sudeste e, nessa região, nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A grande maioria desses empregos (98%) está localizada na indústria cultural. O percentual de participação de mulheres e negros no mercado de trabalho cultural é menor do que o de homens e brancos, e a desigualdade salarial entre homens e mulheres e entre brancos e negros ainda é uma realidade.
Completando esse quadro, os recursos públicos federais, que já são escassos, chegam a poucos municípios. Em contrapartida, ao comparar os gastos públicos em cultura, nas três esferas de governo, verifica-se que os municípios respondem por 52,6% dos dispêndios, os Estados por 34,6% e o governo federal por 12,8%. Esses dados, de 2003, mostram que os municípios têm papel fundamental na vida cultural do país, embora os de menor porte (até 5.000 habitantes) possuam menos autonomia (porque são dependentes de transferências federais e estaduais) e menor capacidade para alocar recursos.
As desigualdades só podem se enfrentadas com políticas focadas nas regiões mais carentes. Nesse sentido, o programa Territórios da Cidadania, coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário, é inovador. Não só porque articula inúmeras políticas setoriais (incluindo a cultura), mas também porque atinge as regiões mais pobres de todos os Estados brasileiros.
IV – CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
Foco: economia criativa como estratégia de desenvolvimento
4.1.FINANCIAMENTO DA CULTURA
O financiamento da cultura tem de ser pensado em função dos objetivos da política cultural. Cada objetivo pode definir uma estratégia diferente para a injeção de recursos, que podem ser provenientes de fontes diversas. O financiamento é determinado pela política e não seu determinante. Esse princípio, que parece óbvio, custou a ser admitido na área da cultura, onde durante muito tempo predominou a ideia de que o Estado nada mais tem a fazer se não fomentar e financiar.
Sob o império dessa concepção é que foram criadas as leis de incentivo com base na renúncia fiscal. Por meio delas o poder público abre mão de arrecadar parte de impostos dos contribuintes que se dispõem a investir nas atividades culturais. Após anos de experiências, nas diversas esferas de governo, ficaram evidentes as distorções desse modelo de financiamento. Como essas leis entregam ao mercado de patrocínio a decisão sobre o que apoiar, elas acabam provocando, como é próprio dos mercados, todo tipo de desigualdade. Desigualdade entre regiões (as que concentram mais empresas atraem o grosso dos patrocínios); desigualdade entre produtores (os que são mais organizados têm maior acesso às empresas e captam mais recursos); entre patrocinadores (os que têm maior faturamento podem apoiar mais projetos); entre tipos de projetos (os que, na visão das empresas, têm maior impacto de marketing obtêm mais patrocinadores); entre os artistas (as empresas preferem associar sua marca a nomes já consagrados). Os números falam por si: nos 18 anos de funcionamento da lei atual, 3% dos proponentes captaram mais de 50% dos recursos; grande parte desses recursos (cerca de 80%) vai para um número restrito de artistas e produtores localizados no eixo Rio-São Paulo. E o montante de recursos movimentado pela lei corresponde a nada menos do que 80% de tudo o que o Ministério da Cultura tem para aplicar em cultura.
Na época em que as leis de incentivo com base na renúncia fiscal foram introduzidas na União e em vários Estados e Municípios, dizia-se que elas teriam um efeito “pedagógico” sobre as empresas. Pensava-se que os patrocinadores, com o tempo, seriam convencidos das vantagens do investimento cultural e dispensariam o incentivo público. Essa expectativa revelou-se ilusória. Quando o governo Collor extinguiu a chamada lei Sarney, as empresas imediatamente se afastaram do patrocínio cultural. Na atual crise financeira o mesmo fenômeno se repetiu, demonstrando que de fato é mínimo o compromisso do mercado com incentivo à cultura. Se o que se deseja é superar as desigualdades sociais, culturais e regionais, não há como abrir mão da presença ativa do Estado.
Uma distorção pouco lembrada das leis de incentivo é que nelas todos os segmentos da arte e da cultura são colocados num mesmo caldeirão. Sabe-se, contudo, que a produção cultural tem características distintas conforme a natureza do produto. O audiovisual difere das artes cênicas, que difere das artes visuais, que difere da literatura, que difere da música, que difere cultura popular e assim por diante. Mesmo no âmbito de cada segmento há diferenças. Nas artes cênicas, por exemplo, os problemas do teatro são uns, os da dança outros, diferentes dos problemas da ópera ou do circo. Isso coloca um desafio para as políticas de fomento à cultura, que serão mais eficientes se considerarem as especificidades de cada processo de trabalho (ou cadeia produtiva). Isso pressupõe conhecer todos esses segmentos e instituir mecanismos específicos para superar eventuais gargalos e fomentar as potencialidades criativas.
A proposta de alteração da lei de incentivo à cultura apresentada pelo MinC vai nesse sentido, pois cria fundos específicos para setores distintos. Os editais que criam prêmios para segmentos socioculturais ou programas específicos, estão indo na mesma direção, criando o que o ex-ministro Gilberto Gil, na sua visão abrangente, chamou de “cesta” de variados mecanismos de fomento.
4.2. SUSTENTABILIDADE DAS CADEIAS PRODUTIVAS DA CULTURA
Pesquisas recentes indicam que a economia da cultura é uma das que mais cresce no mundo. Ela engloba as indústrias culturais (editorial, fonográfica e audiovisual); a mídia (jornais, rádio e TV); as expressões da cultura (artes cênicas, artes visuais, literatura, música, cultura popular); as instituições culturais (museus, arquivos, bibliotecas e centros culturais), os eventos, festas e exposições; outras atividades criativas como a publicidade, a arquitetura e o design (gráfico, de produtos, da moda e de interiores), além do turismo cultural. Essa economia é baseada num recurso praticamente inesgotável - a criatividade -, e tem forte impacto sobre o desenvolvimento de novas tecnologias.
O desenvolvimento da economia da cultura está relacionado ao processo de globalização, que provoca intensa estandardização de bens e serviços em escala mundial. Nessa conjuntura os produtos culturais, que têm entre suas características a singularidade, a unicidade e a raridade, tendem a valorizar-se, pois quanto mais raro um produto, maior o seu preço. Isso vale também para os sítios de valor histórico, artístico e paisagístico e para o patrimônio cultural em geral, que são fortes atrativos para as indústrias do turismo e do entretenimento.
Também influenciam no desenvolvimento econômico da cultura as características da chamada “nova economia” ou “economia do conhecimento”, na qual a ciência, a tecnologia e a capacidade de simbolizar exercem papel saliente. A produtividade dessa economia - cujos setores mais dinâmicos são o financeiro, as indústrias de computadores, softwares e das comunicações, além da biotecnologia e da nanotecnologia -, depende tanto da incorporação de capital como do investimento em pessoas e, nesse caso, Cultura e Educação cumprem função estratégica. A adoção desse conceito e o investimento em ações baseadas nas potencialidades dessa economia podem fazer da criatividade um importante vetor do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Contudo, também deve ser assumida a realidade da produção cultural, que tem particularidades que a distinguem dos processos rotineiros e mecânicos que caracterizam a confecção da maioria dos produtos. Por ser criativo e inovador, o bem cultural pouco se coaduna com os tempos e meios de produção, distribuição e consumo das mercadorias produzidas em escala. O empreendimento cultural sempre envolve riscos e muitas vezes não gera retorno financeiro. Mesmo perseguindo fórmulas consagradas, a produção cultural nunca será totalmente previsível, podendo resultar em sucesso, mas também em fracasso de público. Por isso o incentivo estatal e as parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, nas diversas fases de realização do bem cultural (criação, produção distribuição e consumo), sempre serão necessários à sustentação das cadeias produtivas da cultura. Essa necessidade fica ainda mais evidente quando se constata que a economia da cultura gera efeitos para além dela mesma, pois seus produtos fortalecem os vínculos de sociabilidade e identidade, criam lazer e bem-estar, contribuem com a educação e com o desenvolvimento econômico em geral.
4.3.GERAÇÃO DE TRABALHO E RENDA
Pesquisas recentes, realizadas pelo IPEA sobre a geração de emprego no setor cultural, indicam que esse segmento é um importante componente do mercado de trabalho e possui dinamismo e potencial ainda não explorado sistematicamente para gerar ainda mais empregos, renda e bens simbólicos. Considerando apenas o emprego formal, que abrange aqueles com carteira de trabalho por prazo indeterminado, estatutários, trabalhadores avulsos e por prazo determinado, o estudo constata que, no período 1994-2002, os segmentos mais dinâmicos são os relacionados às atividades de comunicação (rádio, televisão e telecomunicações), de lazer e leitura. Com menor participação aparecem as indústrias fonográficas, de cinema e audiovisual e o setor de espetáculos. Embora o emprego informal não tenha sido objeto desse estudo, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, 2001) indicam que a informalidade no setor cultural chega a 49%. Esse dado provavelmente está relacionado aos processos de reestruturação (incluindo terceirização) das indústrias culturais na década de 1990 (particularmente a indústria fonográfica), mas também às características próprias de vários segmentos da cultura, que são irredutíveis aos meios de reprodução ampliada e se organizam de forma colaborativa, voluntária e familiar.
No período considerado, um dado que chama a atenção refere-se ao crescimento do emprego formal nos estabelecimentos culturais de menor porte (até 99 empregados), enquanto os de grande porte (500 ou mais empregados) eliminaram vagas. Esses dados sugerem que uma política de fomento às micro, pequenas e médias empresas culturais pode incrementar a geração de empregos e também contrabalançar as tendências monopolistas da grande indústria cultural.
V – GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA
Foco: fortalecimento da ação do Estado e da participação social no campo da cultura
5.1. SISTEMAS NACIONAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE CULTURA
Pode-se dizer que a política cultural, comparada a outras políticas públicas, como saúde e educação, ainda está na infância, no que se refere à estrutura institucional, formação técnica de gestores, legislação complementar e existência de uma base de dados e indicadores que possibilita o planejamento de longo prazo.
Essa situação pode ser atribuída, em parte, a uma indefinição a respeito do papel do Estado na gestão da Cultura. Qual a função e o espaço de atuação do poder público? Como ele pode agir garantindo ao mesmo tempo a liberdade de criação e o pleno exercício dos direitos culturais?
A resposta a estas questões deve ter como ponto de partida a compreensão de que a cultura é um direito básico dos cidadãos e um importante vetor de desenvolvimento. Por isso deve ser tratada como área estratégica. Cabe ao Estado, sem dirigismo e interferência nos processos criativos, e com ampla participação da sociedade, assumir seu papel no planejamento e fomento das atividades culturais, na preservação e valorização do patrimônio cultural e no estabelecimento de marcos regulatórios para a economia da cultura.
A atuação do Estado não substitui o papel do setor privado, com o qual deve, sempre que possível, atuar em parceria e buscar a complementaridade das ações. No entanto, cabem ao Estado responsabilidades intransferíveis, como garantir o acesso universal aos bens e serviços culturais e proteger e promover a diversidade cultural, com ênfase nas referências culturais minoritárias e nas que estão sob ameaça de extinção.
Desde a promulgação da Constituição, o Estado brasileiro, a fim de tornar efetivo o princípio da cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. 23 da CF/88), vem desenvolvendo esforços no sentido de fortalecer as políticas públicas, por meio da organização de Sistemas que vinculam as ações dos distintos entes federados. A concretização do federalismo cooperativo constitui uma aposta estratégica frente a escassez de recursos públicos, a diferenciada capacidade gerencial e fiscal dos entes federados e as profundas desigualdades sócio-econômicas regionais.
A experiência da organização sistêmica demonstrou que o estabelecimento de princípios e diretrizes comuns, a divisão de atribuições e responsabilidades, a montagem de um esquema de repasse de recursos e a criação de instâncias de controle social asseguram maior efetividade e continuidade das políticas públicas. Esses são os objetivos pretendidos pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC).
Um sistema é um conjunto de partes interligadas que interagem entre si, mas ele não é a simples soma das partes, pois tem certas qualidades que não se encontram nos elementos concebidos de forma isolada. Sendo assim, para definir o Sistema Nacional de Cultura é necessário dizer quais partes o compõe, como elas interagem e quais são as propriedades específicas que lhe dão unidade. Considerando o debate ocorrido nos últimos anos, as experiências acumuladas na área da cultura e em outras políticas públicas, conclui-se que, o SNC reúne a sociedade civil e os entes federativos da República - União, Estados, Municípios e Distrito Federal -, com suas respectivas políticas e instituições culturais. As leis, normas e procedimentos definem como interagem as suas partes e a Política Nacional de Cultura e o Modelo de Gestão Compartilhada são as qualidades específicas que lhe dão unidade.
É importante ressaltar que já está em tramitação no Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema Nacional de Cultura (PEC nº 416/2005), bem como outras propostas de emendas e projetos de leis diretamente relacionados, tais como a PEC nº 150/2003, que destina recursos à cultura com vinculação orçamentária, a PEC nº 236/2008, que propõe a inserção da cultura no rol dos direitos sociais (art. 6º da CF/88) e os projetos de lei que instituem o Plano Nacional de Cultura e o Programa de Fomento e Incentivo à Cultura (Profic).
Essa pauta fortalece a necessidade de se institucionalizar com urgência o SNC, a fim de organizar as políticas culturais, combinando o respeito à autonomia dos entes com a necessária interdependência e cooperação. A realização das conferências municipais, estaduais, distrital e nacional de cultura constitui um propício ao debate e à mobilização da sociedade para impulsionar a aprovação desses instrumentos legais.
5.2. PLANOS NACIONAL, ESTADUAIS, MUNICIPAIS, REGIONAIS E SETORIAIS DE CULTURA
Em geral, os sistemas vêm sendo organizados com base no tripé formado por Conselho, Plano e Fundo, além, é claro, dos órgãos gestores e das conferências. Desde 2003, 18 conselhos nacionais foram criados e 6 reestruturados. Das 100 conferências nacionais e internacionais realizadas desde 1941, 61 foram no período 2003-2008.
Os planos, elaborados pelos conselhos a partir das diretrizes definidas nas conferências, têm por finalidade o planejamento de longo prazo e por isso são instrumentos muito importantes para a institucionalização das políticas governamentais, transformando-as em políticas de Estado. Os Conselhos também são fundamentais para o funcionamento dos sistemas. São instâncias colegiadas permanentes, de caráter consultivo e deliberativo, integrantes da estrutura básica do órgão responsável pela política pública, em cada esfera de governo. Conforme as diretrizes apontadas pela 1ª Conferência Nacional de Cultura, a composição dos Conselhos de Política Cultural deve incluir, no mínimo, 50% de representantes da sociedade civil, eleitos democraticamente. Sua principal finalidade é atuar na formulação de estratégias e no controle da execução das políticas.
5.3. SISTEMA DE INFORMAÇÕES E INDICADORES CULTURAIS
Todas as políticas públicas necessitam, para seu planejamento, de informações e indicadores a respeito da realidade sobre a qual devem atuar. A política cultural é, provavelmente, uma das que mais carecem de dados, embora esforços nesse sentido tenham sido realizados nos últimos anos. Atualmente está em curso a implantação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), que objetiva identificar todos os sistemas já existentes nos estados e municípios e estabelecer as bases tecnológicas para conectá-los, de forma que possam atuar interativamente. Isso possibilitará a produção de indicadores nacionais aplicáveis, de forma coerente, aos processos de formulação e implantação de políticas culturais na União, Estados e Municípios. Acompanham as ações tecnológicas atividades relacionadas à capacitação técnica de pessoas para a formação e atualização de equipes vinculadas à geração, tratamento e armazenamento de dados e informações culturais.
O SNIIC terá como objetivos principais o mapeamento, a organização e a divulgação das atividades culturais brasileiras, incluindo informações sobre estrutura (artistas, equipamentos culturais, grupos, eventos), gestão (órgãos públicos, conselhos, fundos, legislações, orçamentos e editais), financiamento, economia da cultura, patrimônio material e imaterial, entre outras. Serão destacadas, prioritariamente, as informações sobre artes cênicas, artes visuais, audiovisual, música, literatura e cultura popular. A adesão dos órgãos estaduais e municipais de cultura, bem como dos possíveis parceiros privados e não-governamentais, ocorrerá paulatinamente, durante o processo de desenvolvimento e implantação do SNIIC.


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* Esse texto foi feito por várias mãos, corações e mentes. Utilizou-se de uma série de documentos do Ministério da Cultura, relatórios do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), documentos internacionais sobre direitos humanos e contribuições de vários autores. A organização e redação final são de responsabilidade do pesquisador Bernardo Novais da Mata Machado.
Regimento Interno da Conferência Municipal de Cultura - 2009
Itajaí - SC
Capítulo I
Da promoção, sede e data
Art. 1º. A Conferência Municipal de Cultura - 2009, promovida pela Prefeitura Municipal de Itajaí – SC, por meio da Fundação Cultural de Itajaí, acontecerá nas instalações do Auditório da Prefeitura Municipal de Itajaí, localizado na Rua Alberto Werner, nº 100, Bairro Vila Operária, no dia 23 de outubro de 2009, das 08h30min. às 12:00h e das 14:00h às 18:00h.
Capítulo II
Dos objetivos
Art. 2º. A Conferência Municipal de Cultura - 2009 terá os seguintes objetivos:
I- Discutir a cultura brasileira nos seus aspectos da memória, de produção simbólica, da gestão, da participação social e da plena cidadania.
II- Promover o debate entre artistas, produtores, conselheiros, gestores, investidores e demais protagonistas da cultura municipal, valorizando a diversidade das expressões e o pluralismo das opiniões;
III- Propor estratégias para o fortalecimento da cultura como centro dinâmico do desenvolvimento sustentável.
IV- Aprimorar e propor mecanismos de articulação e cooperação institucional entre os entes governamentais e destes com a sociedade civil.
V- Mapear a produção cultural de Itajaí, discutir suas peculiaridades, contradições e necessidades, estabelecendo prioridades e metas para o futuro.
VI- Colaborar e incentivar a organização de redes sociais culturais em torno de planos e metas comuns, bem como interação regional nas ações artísticas e culturais, facilitando e fortalecendo o estabelecimento de novas redes de produtores culturais.
VII- Contribuir para a formação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais.
VIII- Mobilizar a sociedade e os meios de comunicação para a importância da cultura, bem como de suas manifestações, para o desenvolvimento sustentável do município, da região e, notadamente, do país.
IX- Promover, ampliar e diversificar o acesso da sociedade civil aos mecanismos de participação popular no município, por meio de debates sobre os signos e processos constitutivos da identidade e diversidade cultural de Itajaí.
X- Validar a participação de delegados na Conferência Estadual.
Capítulo III
Do temário
Art. 3º. Constituirá o tema geral da Conferência Municipal de Cultura - 2009: Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento, sem prejuízo das questões municipais e estaduais.
§1º O tema deverá ser desenvolvido de modo a articular e integrar as políticas de cultura e suas diretrizes em todos os âmbitos da federação de maneira transversal, de forma a orientar as discussões em todas as etapas.
§2º O temário será subsidiado por textos-base, elaborados a partir de eixos e sub-eixos temáticos, que serão consolidados após avaliação, formulação e proposições apresentadas.
Art. 4º. Constituirão eixos e sub-eixos temáticos da Conferência Municipal de Cultura - 2009:
I- PRODUÇÃO SIMBÓLICA E DIVERSIDADE CULTURAL
Foco: produção de arte e de bens simbólicos, promoção de diálogos interculturais, formação no campo da cultura e democratização da informação.
-Produção de Arte e Bens Simbólicos
-Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais
-Cultura, Educação e Criatividade
-Cultura, Comunicação e Democracia
II- CULTURA, CIDADE E CIDADANIA
Foco: cidade como espaço de produção, intervenção e trocas culturais, garantia de direitos e acesso a bens culturais.
-Cidade como Fenômeno Cultural
-Memória e Transformação Social
-Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais
III- CULTURA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foco: a importância estratégica da cultura no processo de desenvolvimento.
-Centralidade e Transversalidade da Cultura
-Cultura, Território e Desenvolvimento Local
-Patrimônio Cultural, Meio Ambiente e Turismo
IV- CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA
Foco: economia criativa como estratégia de desenvolvimento
-Financiamento da Cultura
-Sustentabilidade das Cadeias Produtivas da Cultura
-Geração de Trabalho e Renda
V- GESTÃO E INSTITUCIONALIDADE DA CULTURA
Foco: fortalecimento da ação do Estado e da participação social no campo da cultura.
-Sistemas Nacional, Estaduais e Municipais de Cultura
-Planos Nacional, Estaduais, Municipais, Regionais e Setoriais de Cultura
-Sistemas de Informações e Indicadores Culturais
Capítulo IV
Da organização e funcionamento
Art. 5º. Poderão participar da Conferência Municipal de Cultura - 2009 os representantes dos poderes públicos e da sociedade civil que residam ou atuem no município.
§1º Os participantes da Conferência terão as seguintes atribuições:
I- Representantes do Poder Público e da Sociedade Civil devidamente inscritos terão direito à voz, a priorizar propostas e a votar em delegados a serem eleitos.
II- Convidados terão direito à voz e não a voto.
§2º Ao público em geral será permitido o acesso à solenidade de abertura, às palestras, aos painéis, bem como os grupos de discussão.
§3º As inscrições serão feitas mediante preenchimento do Formulário de Inscrição, entre os dias 01 e 18 de outubro de 2009, no endereço eletrônico da Prefeitura Municipal de Itajaí (www.itajai.sc.gov.br).
Art. 6º. A Conferência Municipal de Cultura - 2009 terá a seguinte organização:
- Credenciamento;
- Instalação da Plenária;
- Sessão solene de abertura;
- Abertura dos trabalhos e apresentação da Comissão Organizadora Municipal;
- Formação dos Grupos de Discussão;
- Para o caso de não haver número suficiente para debater determinado eixo ou se houver um número muito grande de inscritos para um único eixo, a Comissão Organizadora Municipal designará os participantes para o eixo escolhido como segunda opção de acordo com o número de inscrição;
- Cada grupo de discussão elege um relator dentre seus membros;
- Realiza-se livremente a discussão do tema, elaborando a seguir as diretrizes de políticas públicas, buscando uma redação abrangente e sintética;
- O relator apresenta uma proposta de redação ao grupo, que aprova ou realiza as devidas modificações pertinentes. Caso haja modificações ou propostas contraditórias sobre as quais não se alcance consenso no grupo, deve ser votada a redação final e escolhida um das posições em conflito;
- O relator elabora um relatório final das diretrizes definidas pelo grupo;
- Reinstala-se a Sessão Plenária, após o término das discussões em cada grupo;
- Realiza-se a leitura dos relatórios das diretrizes propostas;
- Realiza-se a aprovação das propostas que serão encaminhadas à Conferência Estadual;
- A Comissão Organizadora abre inscrição para candidatos a delegados;
- Realiza-se a contagem de participantes presentes, com direito a voto e a ser votado, uma vez que o percentual definirá o número de delegados que a conferência poderá eleger, conforme artigo 7º deste Regimento;
- Realiza-se eleição direta dos delegados, solicitando, em seguida, aprovação da plenária. Serão eleitos os mais votados, não sendo aceita a inscrição de chapa ou voto em lista;
- Encerrada a eleição, a Comissão Organizadora procede à leitura final das propostas aprovadas, bem como os nomes dos delegados eleitos, para conhecimento da Plenária;
- A Comissão Organizadora elabora um documento a ser enviado aos órgãos competentes, nas instâncias municipal, estadual e federal;
- Dá-se o encerramento da conferência pela Comissão Organizadora.
Art. 7º. A plenária da Conferência Municipal de Cultura - 2009 será composta pelos participantes devidamente inscritos.
Parágrafo único. Da escolha dos Delegados para as etapas posteriores:
I- de 25 a 500 participantes, até 5% poderão ser eleitos Delegados para a Conferência Estadual de Cultura.
II- Acima de 500 participantes, poderão ser eleitos até 25 Delegados para a Conferência Estadual de Cultura.
Art. 8º. As deliberações da Conferência Municipal de Cultura - 2009 têm caráter prepositivo, contribuindo para o aprimoramento das diretrizes da política cultural e do cotidiano cultural, que serão sistematizadas pela equipe da Fundação Cultural de Itajaí.
Art. 9º. Para que a Conferência Municipal de Cultura - 2009 seja válida para a etapa estadual e perante a II Conferência Nacional de Cultura será necessária a comprovação de quorum mínimo de 25 (vinte e cinco) participantes, com representação da sociedade civil e da área governamental.
Art. 10. A Comissão Organizadora Municipal deverá enviar à Comissão Organizadora Estadual o relatório final, bem como a relação dos delegados que serão inscritos na etapa estadual, com caráter prepositivo para a Conferência Estadual e Nacional, obedecendo ao prazo e critérios estabelecidos neste Regimento.
Capítulo IV
Da coordenação executiva ou organizadora
Art. 11. A Conferência Municipal de Cultura - 2009 será administrada por uma comissão organizadora indicada pela Fundação Cultural de Itajaí.
Capítulo V
Das disposições finais e transitórias
Art. 12. Terão direito ao certificado de participação os participantes inscritos que tenham freqüentado pelo menos 80% das sessões da Conferência Municipal de Cultura - 2009.
Art. 13. Serão considerados descredenciados os participantes inscritos que passarem seus crachás para terceiros.
Art. 14. Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Comissão Organizadora da Conferência Municipal de Cultura - 2009.
Art. 15. Nos casos conflitantes deste regulamento caberá recurso à Comissão Organizadora da Conferência Municipal de Cultura - 2009.
Itajaí, 25 de setembro de 2009.
Agnaldo Pinheiro
Superintendente da Fundação Cultural de I

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Qual o Eixo Temático você quer paticipar ?
Quando um determinado Eixo contiver um número limite de pessoas para a palestra selecionada como primeira opção, a inscrição para o Eixo se dará na segunda opção, sendo assim alocado sucesivamente até a quinta opção.
Arraste os itens abaixo para definir a ordem de prioridade dos eixos ao qual gostaria de participar !
• Produção Simbólica e Diversidade Cultural
• Cultura , Cidade e Cidadania
• Cultura e Desenvolvimento Sustentável
• Cultura e Economia Criativa
• Gestão e Institucionalidade da Cultura


acesse: http://www.itajai.sc.gov.br/

e participe...

COMUC